O Brasil registrou a criação de 213 mil empregos formais em setembro deste ano, conforme divulgado pelo Ministério do Trabalho e do Emprego. Em agosto, o país contabilizou 2,29 milhões de contratações e 2,08 milhões de demissões.
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Este resultado representa uma queda de 15,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram criadas aproximadamente 252,3 mil vagas com carteira assinada. Setembro deste ano marcou o pior desempenho para o mês nos últimos dois anos.
Luiz Marinho, Ministro do Trabalho, destacou que o número superou as expectativas do Mercado financeiro, que projetava a criação de 175 mil vagas formais. Ele comentou que o resultado está alinhado com o ritmo atual da economia, mesmo diante das altas taxas de juros, que afetam diversos setores.
“Número não é novidade para o ritmo que a economia vem se comportando, apesar dos juros altos. Muitos setores da economia reclamando dos juros altos”, declarou o ministro.
A taxa Selic, principal instrumento de controle inflacionário do Banco Central, encontra-se atualmente em 15% ao ano, o patamar mais elevado em quase duas décadas.
Analisando os dados históricos, observamos a seguinte geração de vagas em setembro:
- 2020: 299,7 mil vagas fechadas;
- 2021: 330,2 mil empregos criados;
- 2022: 278,5 mil vagas abertas;
- 2023: 204,7 mil vagas abertas.
É importante notar que a comparação com anos anteriores a 2020 requer cautela devido a mudanças na metodologia de cálculo do Caged.
Geração de Empregos no Ano
No acumulado de janeiro a setembro deste ano, o país gerou 1,71 milhão de empregos formais. Este número representa uma redução de 14% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram abertas 1,99 milhão de vagas.
Este foi o menor volume de empregos criados nos primeiros nove meses de um ano desde 2023, que registrou 1,59 milhão de vagas formais.
- Ao final de setembro de 2025, o Brasil contava com um estoque de 48,91 milhões de empregos com carteira assinada.
- Este número representa um aumento em relação a agosto de 2025 (48,69 milhões) e setembro de 2024 (47,51 milhões).
Desempenho Setorial e Regional
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de setembro de 2025 indicam que quatro dos cinco grandes setores econômicos apresentaram saldo positivo de vagas formais. O setor de serviços liderou em número absoluto de novas contratações.
Regionalmente, todas as cinco regiões do país registraram aberturas de vagas formais no mês passado.
Salário Médio na Admissão
O salário médio de admissão em setembro de 2025 foi de R$ 2.286,34. Este valor representa uma queda real (descontada a inflação) em relação a agosto de 2025 (R$ 2.306,94). No entanto, comparado a setembro de 2024, o salário médio de admissão apresentou uma alta, pois o valor no ano passado foi de R$ 2.268,99.
Caged e Pnad: Entendendo as Diferenças
É crucial diferenciar os dados do Caged, que focam em trabalhadores com carteira assinada, dos números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad) do IBGE, que englobam também o mercado informal e a taxa de desocupação.
De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil registrou 5,6% no trimestre encerrado em agosto, o menor índice da série histórica iniciada em 2012.
Fonte: G1
