Embraer: Tarifas dos EUA podem ter impacto menor que o esperado em 2025

Impacto das tarifas dos EUA na Embraer pode ser menor que o esperado em 2025. CEO otimista com negociações entre Brasil e EUA para zerar alíquotas.
Embraer tarifas EUA — foto ilustrativa Embraer tarifas EUA — foto ilustrativa

O impacto das tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos para a Embraer em 2025 pode ser menor do que o projetado inicialmente. Segundo Guilherme Paiva, diretor de relações com investidores da fabricante, a primeira estimativa apontava um efeito de US$ 60 milhões a US$ 65 milhões para este ano.

No terceiro trimestre, o impacto tarifário registrado pela Embraer foi de US$ 17 milhões, somando US$ 27 milhões no acumulado do ano. Isso deixaria uma margem de até US$ 38 milhões para o quarto trimestre, de acordo com a projeção original.

Otimismo com Negociações Bilaterais

“A companhia tem trabalhado intensamente para reduzir essa exposição e esperamos encerrar o ano abaixo do valor originalmente informado”, declarou Paiva em teleconferência de resultados. Antonio Garcia, CFO da Embraer, ressaltou, contudo, que a fabricante ainda prevê algum reflexo das taxas no último trimestre.

Apesar disso, o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, demonstrou otimismo com o avanço do diálogo entre os governos brasileiro e americano. “As negociações entre EUA e Brasil estão caminhando muito bem. O encontro entre Lula e Trump foi um passo muito importante”, afirmou o executivo, que também destacou que a Embraer não participa diretamente das conversas.

Tarifas Podem Ser Zeradas

Gomes Neto considera “muito boas” as chances de as alíquotas para a aviação serem zeradas caso os dois países alcancem um acordo bilateral, seguindo o modelo já implementado em nações da União Europeia. Ele também mencionou que a Embraer está focada em novas tecnologias e na sustentabilidade.

Os principais efeitos negativos das tarifas citados pelo CEO incluem as alíquotas sobre peças enviadas do Brasil para os EUA para montagem de aeronaves, o que eleva custos. Além disso, o encarecimento das aeronaves para as companhias aéreas pode desestimular novas aquisições, impactando o setor. A Embraer busca alternativas para mitigar esses efeitos.

Fonte: Estadão

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