Embraer: Analistas Reiteram Otimismo Após Dia do Investidor

Analistas reiteram otimismo com a Embraer após o Dia do Investidor. Metas ambiciosas de receita e margem, backlog robusto e projetos como Eve impulsionam perspectivas.
Embraer Dia do Investidor — foto ilustrativa Embraer Dia do Investidor — foto ilustrativa

O Dia do Investidor 2025 da Embraer (EMBR3), realizado em Nova York, reafirmou o otimismo dos analistas do Mercado financeiro quanto às perspectivas de crescimento e metas financeiras da companhia. As casas de análise destacam a confiança da fabricante em sustentar margens elevadas, o robusto backlog e as novas avenidas de expansão, como a Eve Air Mobility.

O Itaú BBA avaliou que a administração transmitiu uma mensagem positiva, demonstrando confiança em entregar a margem EBIT anual dentro do intervalo projetado e crescimento de Receita em dígitos médios a altos até 2030. O consenso é que a Embraer está bem posicionada para cumprir seus objetivos de médio e longo prazo, amparada por um backlog de quase US$ 28 bilhões.

Receita Bilionária e Margens de Dois Dígitos

As metas apresentadas foram bem recebidas. O Bradesco BBI ressaltou o potencial da companhia de alcançar receita anual na casa dos dois dígitos de bilhões de dólares até 2030, com margem EBIT também de dois dígitos. O Goldman Sachs observou a manutenção da projeção para 2025: receita entre US$ 7 e US$ 7,5 bilhões, margem EBIT ajustada de 7,5 a 8,3% e geração de caixa livre acumulada de pelo menos US$ 2 bilhões entre 2021 e 2025. Metas de receita consolidada de ‘dois dígitos bilionários’ em 2030 e ‘meados da faixa de dezena’ em 2035 também foram destacadas.

A XP Investimentos pontuou que a Embraer reiterou o objetivo de alcançar receita e margem EBIT de dois dígitos até o fim da década, com expectativa de atingimento em 2028.

Backlog Robusto e Perspectivas Financeiras

O backlog da Embraer é um fator chave para a visibilidade e previsibilidade das receitas futuras. Segundo o Goldman Sachs, o forte backlog garante crescimento sustentável de receitas e margens, com potencial de expansão adicional se as entregas superarem as expectativas. O Bradesco BBI enfatiza que a combinação de backlog robusto e diversificação de segmentos cria visibilidade sem precedentes para o desempenho futuro.

Todos os analistas apontam upside adicional caso projetos estratégicos, como a Eve e novos desenvolvimentos de aeronaves, se concretizem antes do esperado, reforçando a atratividade do investimento.

Pilares de Crescimento: Aviação Comercial e Executiva

No segmento de aviação comercial, os jatos E1 e E2 continuam sendo pilares. As unidades do E1 estão esgotadas até 2030, garantindo fluxo de receita e presença consolidada, especialmente nos Estados Unidos, segundo o Itaú BBA. Quanto ao E2, o destaque é sua maior eficiência, com 85% de componentes novos e 30% menos consumo de combustível por assento, sendo bem aceito globalmente. A divisão de aviação comercial foi apontada como base do crescimento, com demanda global forte por jatos regionais. A carteira da Embraer possuía 437 aeronaves no segundo trimestre, com crescimento de 19% nas entregas ano contra ano.

No segmento de jatos executivos, a demanda se mantém forte, apesar das tarifas de importação. A expansão de clientes jovens e de frotas corporativas contribui para o crescimento consistente do segmento, segundo o Goldman Sachs.

Eve e Inovações Estratégicas

O projeto da subsidiária Eve, focado em aeronaves elétricas de decolagem vertical (eVTOL), é visto como uma oportunidade transformacional. A XP Investimentos destaca o potencial de capturar novos mercados com a Eve, que representa um passo estratégico em mobilidade urbana aérea, com certificação prevista para 2027.

O Itaú BBA menciona que a companhia estuda novos projetos, como jatos maiores ou menores, novas asas de próxima geração e aeronaves movidas a SAF (Combustível Sustentável de Aviação), eletricidade ou hidrogênio. Essas iniciativas reforçam a diversificação de receita e consolidam a posição competitiva da Embraer.

A Embraer também investe em serviços e suporte, com expectativa de que o segmento supere US$ 3 bilhões em receitas até 2030, impulsionado por frotas próprias e de terceiros, criando uma fonte recorrente de receita e margem.

Perspectivas para as Ações da Embraer

A maioria dos analistas recomenda a compra das ações da Embraer. Apesar da forte valorização no ano, o Itaú BBA projeta um retorno de 13,2% em três anos e recomenda a compra das ações (NYSE: ERJ), com potencial de valorização de 14% em 2025, a US$ 69. O Bradesco BBI manteve recomendação de compra e preço-alvo de US$ 72, considerando as projeções de receita e margem EBIT factíveis. O Goldman Sachs estabelece um preço-alvo de 12 meses em US$ 67, baseado em um múltiplo de Valor Empresarial/EBITDA de 13,3 vezes para 2026 e a participação na Eve.

A XP Investimentos observa que o valuation atual ainda apresenta potencial de valorização, especialmente se as entregas superarem as estimativas ou os projetos estratégicos se consolidarem.

Fonte: InfoMoney

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