Eduardo Bolsonaro: Julgamento no STF Mira Eleições de 2026

Eduardo Bolsonaro alega que julgamento antecipado no STF busca tirá-lo das eleições de 2026 e enfraquecer sua família. Entenda os argumentos.
Deputado Eduardo Bolsonaro em evento na Câmara dos Deputados, contexto de seu julgamento no STF visando as eleições de 2026. Deputado Eduardo Bolsonaro em evento na Câmara dos Deputados, contexto de seu julgamento no STF visando as eleições de 2026.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) expressou forte descontentamento com a antecipação de seu julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), argumentando que a medida visa retirá-lo do cenário político para as eleições de 2026 e enfraquecer o legado de sua família. Em suas redes sociais, ele classificou a ação como uma tentativa deliberada de inviabilizar sua atuação e, segundo ele, “enterrar o movimento Bolsonaro”.

Argumentos de Defesa e Acusações

Eduardo Bolsonaro refutou as acusações, afirmando não possuir meios para coagir ministros do STF e que as alegações carecem de fundamento. Ele mencionou a lei Magnitsky, legislação americana voltada a sanções contra violadores de direitos humanos, como base para sua Defesa, indicando que suas ações não configuram ilegalidade. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o deputado e o influenciador Paulo Figueiredo de articulação para que os Estados Unidos impusessem sanções contra autoridades brasileiras, com o intuito de interferir no julgamento de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão.

Eduardo Bolsonaro em evento na Câmara dos Deputados.
Eduardo Bolsonaro se manifestou sobre a antecipação de seu julgamento.

Críticas ao Ministro Alexandre de Moraes e Estrutura do Julgamento

O parlamentar dirigiu críticas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, destacando que o magistrado é o responsável por todos os processos que envolvem sua família e a direita política. Eduardo Bolsonaro interpreta as ações de Moraes como uma tentativa de impor uma “direita controlada” no Brasil. Ele declarou manter-se firme e convicto de suas ações, priorizando a liberdade. A Primeira Turma do STF, composta por Moraes, Flávio Dino (presidente), Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, analisará a denúncia entre 14 e 21 de novembro. A data originalmente prevista para o início da análise era 21 de novembro. Se a denúncia for aceita, Eduardo Bolsonaro se tornará réu. A denúncia contra Paulo Figueiredo foi desmembrada e aguarda data para julgamento.

Defesa e Rejeição da Denúncia

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Bolsonaro está sendo defendido pela Defensoria Pública da União (DPU), uma vez que o deputado não apresentou Defesa nem constituiu advogados. Na última sexta-feira (31), a DPU protocolou um pedido formal solicitando a rejeição da denúncia contra o parlamentar.

Fonte: Valor Econômico

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