Eduardo Bolsonaro: Liderança com Maior Rejeição em Pesquisa Genial/Quaest

Eduardo Bolsonaro lidera rejeição política em pesquisa Genial/Quaest, com 68%. Entenda o impacto e o cenário eleitoral.
Eduardo Bolsonaro rejeição — foto ilustrativa Eduardo Bolsonaro rejeição — foto ilustrativa

A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (9) aponta o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como a Liderança política nacional com o mais alto índice de rejeição. Dos entrevistados, 68% afirmaram que não votariam no parlamentar, embora o reconheçam. Este índice representa um aumento de 13 pontos percentuais em relação a janeiro deste ano.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece em seguida, com 63% de rejeição, seguido por Michelle Bolsonaro (PL), com 61%. A rejeição a Michelle, que é frequentemente citada como uma potencial candidata em 2026, aumentou significativamente de 49% para 61% nos últimos dez meses.

Eduardo Bolsonaro, que tem residido nos Estados Unidos desde fevereiro, declarou que pretende concorrer à Presidência em 2026, caso seu pai permaneça inelegível. Jair Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, além de estar impedido de disputar eleições até 2030.

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O potencial de voto de Eduardo Bolsonaro oscilou entre 20% e 22% durante o período analisado. Sua notoriedade também cresceu, com o percentual de eleitores que não o conheciam caindo de 23% para 12%. Contudo, a rejeição acompanhou esse aumento de conhecimento, subindo de 55% para 68%.

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O deputado, que em 2018 foi o mais votado de São Paulo, licenciou-se de seu mandato para se dedicar à defesa de Jair Bolsonaro nos EUA. Ele buscou proximidade com o governo de Donald Trump para articular sanções contra autoridades brasileiras em retaliação aos processos contra o ex-presidente no STF. Essa atuação resultou na suspensão de vistos e sanções econômicas a ministros do STF, além de ter sido usada como justificativa por Trump para aumentar tarifas sobre produtos brasileiros exportados para os EUA.

Essa articulação gerou uma denúncia contra Eduardo Bolsonaro por coação no curso do processo, por supostamente tentar interferir no julgamento de seu pai. Na Câmara, ele também enfrenta um processo no Conselho de Ética que pode levar à cassação de seu mandato, o que o tornaria inelegível.

Rejeição de Outros Políticos Permanece Estável

Em contraste, a rejeição a outros nomes políticos testados na pesquisa Genial/Quaest manteve-se relativamente estável. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viu sua rejeição oscilar de 52% para 51%, dentro da margem de erro. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), teve um leve aumento, de 40% para 41%, apesar de também ser cotado para a disputa presidencial em 2026. Sua rejeição acumulou um aumento de 9 pontos ao longo do ano.

Outros pré-candidatos também apresentaram resultados consistentes. Ciro Gomes (PDT) tem 60% de rejeição. Governadores como Ratinho Júnior (Paraná, PSD) registram 40% de rejeição, enquanto Ronaldo Caiado (Goiás, União) e Romeu Zema (Minas Gerais, Novo) mantiveram 32% e 34%, respectivamente.

A pesquisa, que entrevistou presencialmente 2.004 eleitores entre 2 e 5 de Outubro, com margem de erro de dois pontos, também avaliou cenários para o primeiro e segundo turno, onde Lula manteve a liderança em todas as simulações.

Gráfico de rejeição eleitoral de Eduardo Bolsonaro e outros políticos segundo pesquisa Genial/Quaest
Índices de rejeição medidos pela pesquisa Genial/Quaest.

Fonte: Valor Econômico

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