PT recorre contra arquivamento de processo de Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética

PT recorre contra arquivamento de processo de Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética por quebra de decoro. Gleisi Hoffmann critica decisão.
Deputado Eduardo Bolsonaro em evento político. Deputado Eduardo Bolsonaro em evento político.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, anunciou a protocolação de um recurso contra o arquivamento do processo disciplinar que investigava o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por quebra de decoro parlamentar. O caso foi analisado pelo Conselho de Ética em uma votação que terminou com 11 votos a favor e 7 contrários ao arquivamento. Eduardo Bolsonaro era acusado de articular por tarifaço e sanções americanas a autoridades brasileiras.

Em publicação nas redes sociais, Lindbergh Farias classificou o resultado como uma “vergonha” e declarou que Eduardo Bolsonaro “continua nos Estados Unidos conspirando contra o Brasil e cometendo crime de traição internacional”. Ele também criticou o uso de verba pública para assessores que, segundo ele, “seguem traindo os interesses nacionais direto dos EUA”.

Gleisi Hoffmann critica arquivamento e alerta para “estímulo aos golpistas”

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também criticou o arquivamento, considerando-o um “estímulo aos golpistas” e um “desserviço à democracia”. Ela questionou desde quando “conspirar com um governo estrangeiro contra o Brasil virou prerrogativa de parlamentar”.

Deputado Eduardo Bolsonaro em evento político.
Eduardo Bolsonaro é alvo de processo disciplinar no Conselho de Ética da Câmara.

Parecer do relator defendeu improcedência da denúncia

A decisão pelo arquivamento seguiu um parecer do relator do caso, Delegado Marcelo Freitas (União-MG), que argumentou pela improcedência da denúncia. Freitas defendeu que o Conselho de Ética “não pode ser censor de palavras ditas no Brasil ou no exterior” e que o caso estaria acobertado pela imunidade parlamentar.

Eduardo Bolsonaro foi notificado para participar da reunião do conselho, mas não compareceu. O presidente do colegiado, Fábio Schiochet (União Brasil-AP), confirmou que o deputado teria direito à palavra, mas optou por não participar da sessão virtual. O parlamentar, que está há sete meses no exterior, também pode enfrentar consequências por faltas injustificadas ao Congresso.

Eduardo Bolsonaro durante evento do PL.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro foi acusado de quebra de decoro parlamentar.

Fonte: InfoMoney

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