Eduardo Bolsonaro: Brigas com aliados e insistência em candidatura presidencial

Eduardo Bolsonaro acumula brigas com aliados políticos e insiste em candidatura presidencial. Entenda os atritos e os bastidores da política.
Eduardo Bolsonaro brigas aliados candidatura — foto ilustrativa Eduardo Bolsonaro brigas aliados candidatura — foto ilustrativa

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem intensificado conflitos com aliados políticos, o que levanta questionamentos sobre suas aspirações presidenciais. As críticas recentes ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), são apenas um exemplo de uma série de atritos acumulados nos últimos meses, segundo reportagem do Estadão.

Eduardo Bolsonaro, que tem passado tempo nos Estados Unidos, tem se envolvido em discussões com dirigentes partidários e governadores de direita. Essas brigas o afastam da lista de potenciais sucessores de seu pai, Jair Bolsonaro (PL), conforme avaliações políticas.

Insistência na Candidatura Presidencial

Apesar do cenário de atritos, o próprio Eduardo Bolsonaro demonstra forte desejo de ser candidato a presidente, seja pelo PL ou por outra legenda. Em Entrevista ao portal Metrópoles em outubro, ele declarou: “É o meu desejo. Por qualquer partido. A minha base eleitoral não se preocupa muito com a questão partidária.” Ele ressalta que a decisão final dependeria das orientações de Jair Bolsonaro.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, chegou a ter um embate com Eduardo em setembro, sugerindo que o deputado prejudicaria o ex-presidente se insistisse em uma candidatura presidencial. No entanto, recentemente, Valdemar tem minimizado o isolamento de Eduardo e apostado em sua candidatura ao Senado por São Paulo, considerando-o “imbatível” nessa disputa.

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Legenda do vídeo 1.

Relatos indicam que Eduardo se sente desprestigiado, esperando maior reconhecimento político por sacrifícios pessoais. Há especulações, inclusive, sobre a possibilidade de ele ficar de fora até mesmo da chapa ao Senado por São Paulo, devido a processos em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

Lista de Desafetos e Embates Recentes

A lista de políticos com quem Eduardo Bolsonaro teve atritos inclui ex-ministros de Jair Bolsonaro, como Tarcísio de Freitas, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) e o presidente do PP, Ciro Nogueira. Ele também criticou publicamente os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG).

Tarcísio de Freitas (Republicanos)

Eduardo criticou Tarcísio de Freitas por se reunir com empresários e a embaixada dos EUA para negociar o fim de tarifas, sem defender a anistia a Bolsonaro como condição prévia. Ele acusou o governador de “subserviência servil às elites” e, mais recentemente, o rotulou como “candidato do sistema” e alguém “pintado de direita”. Tarcísio não respondeu às Críticas.

Marcos Pontes e Tereza Cristina (PL/PP)

Em julho, Eduardo criticou a comitiva de senadores que buscou negociação com o Senado americano sobre o tema das tarifas, incluindo Marcos Pontes e Tereza Cristina. Ele classificou a iniciativa como uma tentativa de “adiar o enfrentamento dos problemas reais”.

Romeu Zema (Novo)

O governador de Minas Gerais foi criticado por Eduardo após dizer que o filho “03” de Bolsonaro criou um problema para a direita ao buscar sanções dos EUA ao Brasil. Eduardo respondeu acusando Zema de mexer com a “turminha da elite financeira” e agir como “batedor de carteira”.

Nikolas Ferreira (PL)

Eduardo expressou estranheza com o baixo engajamento de Nikolas Ferreira no tema das tarifas. Posteriormente, criticou Nikolas por interagir com uma influenciadora “ex-bolsonarista”, classificando-a como “abjeta” e lamentando o ponto a que Nikolas teria chegado. Em outra ocasião, compartilhou uma postagem acusando Nikolas de atuar para “se livrar de Bolsonaro”.

Governadores Presidenciáveis

Em agosto, Eduardo compartilhou uma publicação de Carlos Bolsonaro que chamou governadores de direita cotados para a presidência, como Tarcísio, Romeu Zema, Ratinho Júnior (PSD-PR) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), de “ratos” que sacrificam o povo pelo poder.

Valdemar Costa Neto (PL)

Em setembro, Eduardo reagiu duramente ao presidente do PL após este afirmar que ele não teria votos sem o pai e que ajudaria a “matar Bolsonaro” se insistisse na candidatura presidencial. Eduardo acusou Costa Neto de agir com “esquemas espúrios” e de ser um “aproveitador da ocasião”.

Ciro Nogueira (PP)

O presidente do PP irritou Eduardo ao afirmar que Tarcísio ou Ratinho Júnior seriam os nomes viáveis para suceder Bolsonaro, e que a atuação de Eduardo nos EUA causou um “prejuízo gigantesco” para a direita. Eduardo rebateu, sugerindo que o prejuízo era pessoal para Ciro e que ele estaria confundindo seu interesse com o do Brasil.

Tereza Cristina (PP)

Em outubro, Eduardo criticou Tereza Cristina por citar Tarcísio, Ratinho Júnior e Michelle Bolsonaro como nomes viáveis, excluindo-o da lista. Ele argumentou que as pesquisas mostram sua competitividade e sugeriu que o conceito de viabilidade da senadora se alinhava a interesses pessoais e “grandes capitais”.

Cleitinho Azevedo (Republicanos)

O senador mineiro classificou a candidatura de Eduardo a presidente como “imprudente”, prevendo que ele perderia para Lula por estar fora do Brasil. Eduardo respondeu ironicamente, dizendo que foi “imprudente” apoiar a eleição de Cleitinho em 2022, embora o senador tenha posteriormente pedido desculpas.

Ana Campagnolo (PL)

Em novembro, Eduardo reagiu fortemente a declarações da deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC) sobre a vaga de Caroline de Toni (PL-SC) no Senado. Ele considerou as falas “totalmente inaceitáveis”, injustas e uma insurreição contra a liderança política que a projetou.

Fonte: Estadão

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