Dólar abre em alta; inflação dos EUA e PIB da Petrobras em foco

Dólar sobe em meio a dados de inflação dos EUA e aguardando PIB da Petrobras. Cenário geopolítico entre Trump e Xi Jinping também em foco.
Dólar sobe dados inflação — foto ilustrativa Dólar sobe dados inflação — foto ilustrativa

O dólar iniciou a sessão desta sexta-feira (24) com uma leve alta, sendo negociado a R$ 5,3887 por volta das 09h10. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, aguarda a abertura do mercado. O cenário econômico é moldado pela atenção dos investidores a dados de inflação nos Estados Unidos e aos resultados da Petrobras no Brasil, além de dinâmicas geopolíticas.

Radar Econômico Brasileiro

No Brasil, o principal destaque do dia é a prévia da inflação de outubro, o IPCA-15. As projeções da Reuters indicam uma alta de 0,48% em relação a setembro, mantendo o ritmo do mês anterior e apontando para uma inflação acumulada de 3,1% em 12 meses, o que se alinha às expectativas do mercado. A divulgação desses números é crucial para a avaliação do cenário inflacionário e possíveis desdobramentos da política monetária.

Outro ponto de grande interesse é a divulgação do relatório de produção e vendas da Petrobras referente ao terceiro trimestre de 2025. A expectativa é que o desempenho operacional da estatal influencie diretamente o humor do Mercado e o comportamento de suas ações no Ibovespa. A volatilidade do petróleo, impulsionada por sanções recentes contra a Rússia, adiciona uma camada extra de expectativa sobre os resultados da companhia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda oficial na Ásia, buscando ampliar exportações e fortalecer parcerias. Sua viagem, que inclui um encontro com o presidente Donald Trump na Malásia, adiciona um elemento geopolítico relevante ao cenário financeiro, podendo impactar o apetite por risco dos investidores.

Gráfico da cotação do dólar no Brasil.
Dólar em alta no início da sessão.

EUA: Inflação e Confiança no Consumidor em Pauta

Nos Estados Unidos, a sexta-feira traz indicadores econômicos cruciais para a definição da política monetária americana. Serão divulgados os dados de inflação de setembro, seguidos pelos PMIs de indústria e serviços de outubro, e o índice de confiança do consumidor, também de outubro. Estes números podem influenciar as expectativas sobre futuras decisões do Federal Reserve (Fed), impactando mercados globais.

A aproximação diplomática entre o presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping tem sido vista com otimismo pelos mercados. Um encontro confirmado entre os líderes é interpretado como um sinal de potencial alívio nas tensões comerciais, apesar da ausência de garantias concretas sobre avanços. A notícia tem contribuído para um sentimento mais positivo em Wall Street.

Enquanto isso, a paralisação do Governo americano completa 23 dias, sem sinais claros de resolução. O impasse político continua a afetar centenas de milhares de servidores federais, e a tensão pode se estender, adicionando incertezas ao cenário global.

Gráfico da cotação do Ibovespa.
Ibovespa aguarda abertura com atenção aos dados externos.

Petróleo e Bolsas Globais

O mercado de petróleo vive um momento de alta, impulsionado por sanções impostas pelos EUA contra fornecedores russos. Essa medida tem levado refinarias a buscarem alternativas, o que eleva os preços do barril Brent e WTI. Essa dinâmica pode ter reflexos diretos nos resultados de empresas do setor, como a Petrobras.

Em Wall Street, os mercados fecharam em alta na véspera, impulsionados pela expectativa do encontro entre Trump e Xi Jinping e pela divulgação de balanços corporativos. O Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq Composite registraram ganhos. As bolsas europeias também acompanharam a tendência positiva, com destaque para o setor de energia. No entanto, os mercados asiáticos apresentaram desempenho misto, com as bolsas da China e Hong Kong em leve alta, enquanto Tóquio e Seul recuaram.

Perspectivas para o Mercado

A convergência de fatores como a inflação nos EUA, os resultados corporativos brasileiros e as movimentações geopolíticas entre EUA e China cria um ambiente de cautela e atenção para os investidores. A relação entre o dólar, o Ibovespa e as demais bolsas globais será definida pela capacidade dos agentes econômicos de digerir esses eventos e projetar cenários futuros.

A expectativa de um eventual acordo comercial entre EUA e China, apesar de incerto, pode trazer alívio aos mercados. Da mesma forma, a trajetória da inflação nos EUA e a resposta do Banco Central americano definirão o rumo das taxas de juros globais. No Brasil, a performance da Petrobras e a evolução da inflação oficial continuarão a ser monitoradas de perto.

Presidente Lula em viagem oficial pela Ásia.
Lula busca ampliar parcerias e exportações na Ásia.
Sede do governo dos Estados Unidos em Washington.
Paralisação do governo americano adiciona incerteza.

Fonte: G1

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