Dólar sobe e Ibovespa reage a cenário internacional e discursos de bancos centrais

Dólar sobe e Ibovespa reage a cenário internacional. Mercado atenta a possível encontro Lula-Trump e discursos de bancos centrais. Saiba mais.
Dólar sobe — foto ilustrativa Dólar sobe — foto ilustrativa

O dólar abriu em leve alta nesta terça-feira (21), cotado a R$ 5,3824, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, iniciava a sessão sob atenção do Mercado. Investidores acompanham a expectativa de um possível encontro entre o presidente Lula e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além de discursos de dirigentes de bancos centrais globais.

Gráfico de cotação do dólar e Ibovespa em tempo real.
Dólar e Ibovespa em foco: mercado aguarda definições internacionais.

No cenário doméstico, o presidente Lula embarca para uma viagem à Indonésia e Malásia, onde participará da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Há especulações sobre um encontro reservado entre ele e Donald Trump durante o evento.

O mercado também reage ao pedido de recuperação judicial da Ambipar, empresa de gestão de resíduos, e aguarda o relatório de produção da Vale. No campo dos indicadores, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) registrou variação negativa de 0,38% na segunda prévia de outubro, conforme o Ibre-FGV.

Gráfico com dados acumulados do dólar e Ibovespa.
Desempenho semanal e mensal dos ativos financeiros.

Externamente, a atenção se volta para os discursos da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e de Christopher Waller, membro do conselho do Federal Reserve (Fed), que se manifestarão em eventos nesta terça-feira.

Boletim Focus e Projeções Econômicas

Analistas financeiros revisaram para baixo as projeções de inflação para os próximos anos. O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, indica que a estimativa para o IPCA em 2025 caiu de 4,72% para 4,70%, com reduções também projetadas para 2026, 2027 e 2028.

As projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 subiram ligeiramente para 2,17%, enquanto a taxa básica de juros (Selic) para o fim de 2025 permanece em 15% ao ano, com expectativas de queda gradual nos anos seguintes.

Trump Ameaça Tarifas de 155% Contra a China

Donald Trump reiterou ameaças de impor tarifas de 155% a produtos chineses a partir de 1º de novembro, caso não haja um acordo comercial. Trump expressou otimismo quanto a um acordo, mas ressaltou a necessidade de termos justos para os EUA.

A China concordou em iniciar uma nova rodada de negociações comerciais com os Estados Unidos o mais rápido possível, após a imposição de tarifas anteriores por Trump. O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, iniciou negociações com os EUA, buscando um acordo comercial vantajoso para o Brasil.

Imagem de arquivo de Donald Trump.
Donald Trump em pronunciamento.

“Acho que vamos nos sair muito bem com a China. A China não quer conflito”, disse Trump a jornalistas na Casa Branca. “Temos o melhor de tudo e ninguém vai mexer com isso… Acredito que vamos fechar um acordo comercial muito forte. Ambos ficaremos satisfeitos.”

Na última sexta-feira, Trump defendeu as tarifas de 100% sobre produtos chineses como uma resposta à postura do gigante asiático nos acordos comerciais.

EUA Enfrenta Paralisação Governamental

A paralisação do Governo dos Estados Unidos completa 20 dias, sendo a terceira mais longa da história do país. Mais de 750 mil servidores federais foram afastados, e essenciais continuam trabalhando sem garantia de pagamento.

O impasse no Senado gira em torno da manutenção dos subsídios fiscais do “Obamacare”. Democratas e republicanos divergem sobre o tema, travando as negociações e ampliando os prejuízos econômicos, estimados em US$ 15 bilhões por dia.

Bolsas Globais em Alta

Wall Street fechou em alta, impulsionada por ações de tecnologia e pela expectativa de balanços corporativos. O Dow Jones Industrial Average subiu 1,11%, o S&P 500 ganhou 1,07% e o Nasdaq Composite avançou 1,37%.

As bolsas europeias também registraram ganhos, com o índice pan-europeu STOXX 600 em alta de 1,03%, refletindo a redução das preocupações com o setor bancário dos EUA.

Na Ásia, os mercados fecharam em alta, especialmente Hong Kong, com o índice Hang Seng avançando 2,42%. A recuperação foi impulsionada pela expectativa de que Donald Trump recue nas ameaças de novas tarifas contra a China e pela reunião do Partido Comunista chinês, que definirá os rumos econômicos do país.

Fonte: G1

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