O Mercado de câmbio doméstico reverteu o viés de apreciação do início do dia, com o dólar apresentando leve alta frente ao real. Paralelamente, o Ibovespa cedeu parte dos ganhos e opera próximo à estabilidade. Em Nova York, os índices acionários também recuam em meio a uma piora na percepção global de risco.
Declarações de futura premiê do Japão geram aversão a risco
O principal gatilho para a aversão ao risco é a possibilidade de o Banco do Japão (BoJ) se alinhar às diretrizes do Governo da futura primeira-ministra, Sanae Takaichi. As declarações de Takaichi geram preocupação em um momento de alta inflacionária no país asiático, o que contribui para a insegurança nos mercados internacionais.
Por volta das 11h20, o dólar registrava uma alta de 0,20%, cotado a R$ 5,35 no mercado à vista. O índice DXY, que mede a força da moeda americana contra uma cesta de seis moedas principais, avançava 0,31%, aproximando-se de níveis não vistos em dois meses.
O fortalecimento do dólar no exterior impactou os negócios no Brasil. O DXY se beneficia, especialmente, da desvalorização do euro e do iene, influenciadas por questões políticas no Japão e na França.
Ibovespa ameniza ganhos e Petrobras recua
O Ibovespa reduziu o ritmo de alta e opera perto das mínimas registradas no fim da manhã. O índice subia 0,13%, alcançando 142.330 pontos. As ações de maior peso no índice, conhecidas como blue chips, apresentaram menor valorização. O papel ordinário da Petrobras recuou 0,28%, enquanto as ações ordinárias e preferenciais registraram queda de 0,42%, respectivamente.
A Vale, por outro lado, viu seu papel ordinário registrar uma alta de 0,98%.
Fonte: Valor Econômico