Dólar sobe com olho em acordo EUA-China e Fed; Ibovespa aguarda balanços

Dólar opera em alta ante real com mercado focado em acordo comercial EUA-China e decisões do Fed. Ibovespa aguarda balanços. Veja análise.
Dólar sobe acordo comercial — foto ilustrativa Dólar sobe acordo comercial — foto ilustrativa

O dólar iniciou a sessão desta quinta-feira (30) em alta, cotado a R$ 5,3701, com investidores atentos aos desdobramentos da política monetária americana e aos movimentos diplomáticos entre EUA e China. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, aguarda a abertura oficial às 10h, influenciado por dados econômicos locais e o desempenho das empresas.

Acordo comercial EUA-China: cautela no mercado

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um acordo para reduzir tarifas sobre produtos chineses após reunião com Xi Jinping. Em troca, Pequim se comprometeu a comprar soja americana e liberar temporariamente a exportação de minerais estratégicos. Apesar do anúncio, o mercado reagiu com cautela, observando os detalhes e a confirmação das ações prometidas pelos líderes.

Gráfico mostrando a cotação do dólar em relação ao real
Cotação do dólar em alta em meio a expectativas globais.

Política Monetária nos EUA e Brasil em Foco

Nos Estados Unidos, o Mercado acompanha os discursos de membros do Fed após o corte de 0,25 ponto percentual nos juros. Bowman fala às 10h55 e Logan às 14h20, ambas sobre política monetária, fornecendo pistas sobre os próximos passos da autoridade monetária americana.

No Brasil, o dia é marcado pela divulgação do IGP-M de outubro, índice de referência para reajustes de contratos e aluguéis. À tarde, os dados do Caged trarão números sobre empregos formais, e o fluxo cambial indicará a entrada e saída de dólares no país. O Tesouro Nacional também apresentará o resultado primário do governo central referente a setembro, seguido de Entrevista coletiva.

Temporada de Balanços Impulsiona a Bolsa

A temporada de balanços segue como um dos principais motores do Ibovespa, que fechou a véspera aos 148,6 mil pontos, alcançando o 18º Recorde em 2025. O destaque do dia será o resultado da Vale, divulgado após o fechamento do mercado, com potencial para influenciar significativamente o desempenho da bolsa brasileira.

Gráfico mostrando o desempenho do Ibovespa no ano
Ibovespa com forte valorização acumulada no ano.

Senado dos EUA Avalia Redução de Tarifas

O Senado dos EUA aprovou um projeto de lei que busca anular as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump a produtos brasileiros, como petróleo e café. Embora a proposta tenha recebido aval do Senado, sua aprovação na Câmara, controlada pelos republicanos, é incerta, e um veto presidencial é uma possibilidade. A medida, apresentada pelo senador Tim Kaine, tem caráter simbólico e visa expor a insatisfação com a política tarifária do Governo Trump.

Presidente Donald Trump discursando em evento oficial
Donald Trump anuncia flexibilização de tarifas após negociações.

Desempenho das Bolsas Globais

Os mercados internacionais encerraram o dia com direções mistas. Em Wall Street, os índices fecharam sem tendência definida após o pronunciamento do Fed sobre os juros. O S&P 500 ficou estável, o Dow Jones recuou 0,15%, e o Nasdaq Composite avançou 0,55%. As bolsas europeias, em sua maioria, fecharam em queda, com os investidores atentos à temporada de balanços e à política monetária dos EUA.

Na Ásia, os mercados apresentaram alta, impulsionados por balanços corporativos positivos e pelo otimismo com as negociações entre EUA e China. O índice de Xangai atingiu o maior nível em dez anos, com destaque para os setores de energia e metais. O Nikkei, de Tóquio, ganhou 2,17%, e o Kospi, de Seul, subiu 1,76%.

Gráfico da bolsa de valores asiática com tendência de alta
Mercados asiáticos fecham em alta com otimismo comercial.
  • Acumulado da semana (Dólar): -0,63%
  • Acumulado do mês (Dólar): +0,67%
  • Acumulado do ano (Dólar): -13,30%
  • Acumulado da semana (Ibovespa): +1,68%
  • Acumulado do mês (Ibovespa): +1,64%
  • Acumulado do ano (Ibovespa): +23,57%

Fonte: G1

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