Dólar Rumo a R$ 5,40: Fed Conservador Impulsiona Moeda Americana

Dólar avança e se aproxima de R$ 5,40 com postura conservadora do Fed. Entenda o impacto da decisão de Jerome Powell no câmbio brasileiro e mercados globais.
Dólar R$ 5,40 — foto ilustrativa Dólar R$ 5,40 — foto ilustrativa

O dólar à vista acelerou sua valorização nesta quinta-feira, aproximando-se de R$ 5,40. A moeda americana acompanha o movimento dos mercados globais em meio a um ajuste de posições de investidores após declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, sinalizando incerteza sobre um corte nas taxas de juros em dezembro.

Fed e o Ajuste no Mercado de Moedas

Embora não tenha havido movimentação intensa nos mercados na quarta-feira, os ajustes se intensificaram hoje. Analistas apontam que o Mercado estava majoritariamente vendido em dólar, apostando na desvalorização da moeda americana com base em expectativas de cortes de juros nos EUA. “Até acredito que o Fed vai cortar em dezembro, mas também acho razoável o mercado ajustar a taxa terminal um pouco mais pra cima, porque o mercado tinha no preço algo abaixo de 3%, agora esta em 3.1%”, comentou um gestor de moedas que pediu para não ser identificado.

Impacto Global e o Comportamento do Dólar

Por volta das 10h15, o dólar à vista registrava alta de 0,63%, negociado a R$ 5,3915. O euro comercial também apresentava valorização, com aumento de 0,41%, atingindo R$ 6,2304. O índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, avançava 0,45%, alcançando 99,664 pontos, servindo como referência para o movimento global da moeda.

A postura mais conservadora do Fed, com possíveis impactos nas taxas de juros americanas, reflete uma preocupação com a inflação e a estabilidade econômica. Essa perspectiva influencia diretamente as decisões de investimento em mercados emergentes, como o Brasil, aumentando a atratividade do dólar como ativo de refúgio.

Análises e Expectativas para o Câmbio

A possível elevação da taxa terminal de juros nos EUA, mesmo que moderada, pode redefinir as estratégias de alocação de capital. Investidores tendem a buscar ativos em moedas fortes e com retornos mais previsíveis em cenários de maior incerteza. A taxa Selic brasileira, por exemplo, pode ser impactada por esses movimentos externos, exigindo atenção redobrada por parte do mercado financeiro.

A decisão do Fed ecoa em outras instituições monetárias, como o Banco Central Europeu (BCE), que recentemente manteve suas taxas de juros inalteradas, em linha com as expectativas. A coordenação ou divergência nas políticas monetárias globais é um fator crucial para a estabilidade cambial e para a projeção econômica de diversos países.

Fonte: Valor Econômico

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