O dólar à vista iniciou a sessão desta segunda-feira em queda, operando abaixo de R$ 5,50. A moeda brasileira registra uma recuperação após o estresse do pregão de sexta-feira, quando o real figurou entre as moedas com pior desempenho. A melhora no humor internacional, impulsionada por sinalizações de negociação entre os Estados Unidos e a China, contribui para o ajuste.
Embora o dólar apresente recuo, ainda está longe do patamar de R$ 5,37 observado no fechamento de quinta-feira. Durante o dia, os investidores continuarão atentos a fatores locais, como o desempenho do Mercado de crédito e a situação fiscal do país.
Por volta das 9h15, o dólar à vista registrava queda de 0,48%, cotado a R$ 5,4767. O dólar futuro para novembro caía 1,03%, a R$ 5,5025. O euro comercial também depreciava, com baixa de 0,83%, a R$ 6,3363. No cenário Internacional, o índice DXY, que mede a força do dólar contra outras moedas, avançava 0,24%, atingindo 99,215 pontos.
Impacto da Negociação EUA-China
O alívio no mercado de câmbio é reflexo direto da comunicação do Governo de Donald Trump, que indicou a possibilidade de negociações com a China. Essa notícia ajudou a dissipar parte da tensão que afetou os mercados globais na última sexta-feira, permitindo que moedas de países emergentes, como o real, se valorizassem.
análise Local: Crédito e Fiscal em Foco
Apesar do otimismo externo, questões internas continuarão no radar. O desempenho do mercado de crédito no Brasil é um dos pontos de atenção, pois reflete a saúde financeira das empresas e o Acesso a financiamentos. Paralelamente, a situação fiscal do governo segue sendo monitorada de perto por analistas e investidores, pois impacta diretamente a confiança na economia.
Juros e Moedas: Cenário em Ajuste
A taxa de juros de longo prazo também opera em ajuste após o estresse da sexta-feira. A expectativa é de volatilidade controlada, com o mercado buscando precificar os novos riscos e as perspectivas para a economia brasileira nos próximos meses. A performance do real como uma das melhores moedas entre as 33 mais líquidas nesta segunda-feira demonstra a capacidade de recuperação da moeda brasileira diante de um cenário de melhora na percepção de risco global.
Fonte: Valor Econômico