A recuperação global do dólar ganhou força nos últimos dias, impulsionada pelas crescentes preocupações dos investidores com o euro e o iene. Essas moedas, que se beneficiaram da desvalorização do dólar anteriormente neste ano, agora enfrentam incertezas fiscais na França e no Japão.
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Incertezas Fiscais na França e Japão
Na França, embora o temor de uma eleição legislativa tenha diminuído, as incertezas fiscais permanecem no horizonte. No Japão, os riscos às contas públicas são elevados. A possível nova líder do partido governista PLD, Sanae Takaichi, indicou o desejo de alinhar a política monetária à política econômica do governo, aumentando a cautela no mercado.
Japão: Cautela com a Política Monetária do BoJ
O caso japonês tem atraído atenção especial no curto prazo. O Mercado antecipava um possível aumento da taxa de juros em outubro, após declarações mais assertivas de membros do Banco do Japão (BoJ). No entanto, o cancelamento da presença do presidente do BoJ, Kazuo Ueda, em um evento gerou dúvidas sobre a alta de juros no curto prazo.
O Société Générale ajustou sua projeção para um novo aumento nos juros japoneses de outubro para dezembro, sem descartar que ocorra apenas em 2025. O banco prevê um iene ainda mais fraco, devido a uma política fiscal projetada como mais expansionista.
Dólar em Máxima Histórica Contra o Iene
Essa conjuntura já se reflete nos preços dos ativos. O dólar atinge seu maior nível contra o iene desde fevereiro, com sinais preliminares indicando potencial de valorização adicional. O estrategista Patrick Locke, do J.P. Morgan, observa que a demanda por posições compradas em dólar e vendidas em iene superou o nível de +3 desvios-padrão após a eleição do PLD, o maior salto desde março de 2024.
Locke sugere que ainda há espaço para um desmonte das posições compradas em iene, o que poderia impulsionar o dólar ainda mais no curto prazo. As incertezas fiscais no Japão e na França, somadas a uma política monetária mais cautelosa no Japão, criam um cenário favorável para o fortalecimento da moeda americana globalmente.
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Fonte: Valor Econômico