O dólar à vista registrou valorização frente ao real nesta terça-feira, espelhando o comportamento de outros mercados globais. Embora o real tenha demonstrado força em certos momentos do dia, superando pares de emergentes e commodities, as incertezas comerciais entre Estados Unidos e China exerceram pressão, especialmente após o presidente americano, Donald Trump, sugerir a possibilidade de cancelamento de um encontro com o líder chinês, Xi Jinping.
Ao final das negociações, o dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,36%, cotado a R$ 5,3900. A divisa norte-americana atingiu uma mínima de R$ 5,3700 e uma máxima de R$ 5,4045 durante o pregão. No Mercado externo, o índice DXY, que compara o dólar com seis moedas desenvolvidas, subia 0,39%, alcançando 98,969 pontos por volta das 17h05.
Incertezas Comerciais EUA-China Moldam o Mercado
A tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após declarações do presidente Donald Trump sobre a potencial Falta de um encontro com Xi Jinping. Essa notícia gerou cautela e impactou negativamente os mercados de câmbio e de commodities, refletindo um cenário de maior aversão ao risco.
Impacto nos Mercados Emergentes
Mercados emergentes, incluindo o Brasil, tendem a ser mais sensíveis a notícias de tensões comerciais. A valorização do dólar frente ao real pode ser vista como um reflexo direto dessa instabilidade global, com investidores buscando a segurança da moeda americana em momentos de incerteza. A economia brasileira, dependente de fluxos de capital e exportações, sente os efeitos dessas flutuações.
Análise de Especialistas e Próximos Passos
Analistas de mercado apontam que a retórica de Donald Trump pode ser uma tática de negociação, mas o impacto imediato é de volatilidade. A ausência de uma reunião oficial pode adiar acordos comerciais importantes, prolongando o período de incertezas. Para a economia global, a resolução dessas tensões é fundamental para a retomada de investimentos e o crescimento sustentável.
Fonte: Valor Econômico