O setor de cartões de crédito e pagamentos está em ebulição com o caso do Will Bank, do Banco Master. O controlador, Daniel Vorcaro, busca vender a subsidiária para reequilibrar a liquidez do conglomerado. No entanto, a possibilidade de uma intervenção do Banco Central no grupo colocou em pauta a questão da divisão de risco entre os elos da cadeia de pagamentos, incluindo emissores de cartões e credenciadoras.
Caso Will Bank: A Centralização de Riscos em Pagamentos
A potencial intervenção no Banco Master levanta preocupações sobre quem seria o responsável financeiro caso surjam problemas com emissores de cartões ou credenciadoras. Essa discussão se intensificou após casos como o da Credz e da 123 Milhas, que levaram o Banco Central a promover uma consulta pública em 2024 para esclarecer as responsabilidades na cadeia de pagamentos.
Histórico e Contexto da Discussão
A legislação atual permite que instituições financeiras concentrem a gestão de riscos em um único arranjo de pagamento. Contudo, a volatilidade e os riscos inerentes a este Mercado têm demonstrado a fragilidade desse modelo centralizado. Especialistas argumentam que uma distribuição mais clara dos riscos poderia proteger tanto os consumidores quanto o sistema financeiro como um todo.
Propostas para um Novo Modelo de Gerenciamento de Riscos
A consulta pública realizada pelo Banco Central em 2024 visou justamente reunir subsídios para regulamentar o tema, buscando alternativas mais robustas para a gestão de riscos. A expectativa é que novas regras possam trazer maior segurança e previsibilidade para o setor, evitando que problemas em uma ponta da cadeia afetem desproporcionalmente outras, como temem os envolvidos no caso do Will Bank.
Fonte: Valor Econômico