Dívida Pública Brasileira Sobe para 78,1% do PIB em Setembro

Dívida pública bruta do Brasil sobe para 78,1% do PIB em setembro. Setor público registra déficit primário em linha com expectativas do mercado.
Dívida pública bruta do Brasil — foto ilustrativa Dívida pública bruta do Brasil — foto ilustrativa
Sede do Banco Central, em Brasília 26/12/2024 REUTERS/Ueslei Marcelino

A dívida bruta do Brasil apresentou uma elevação em setembro, alcançando 78,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira indicam que o setor público consolidado brasileiro registrou um Déficit primário, em linha com as projeções do mercado financeiro.

No mês de setembro, a proporção da dívida pública bruta em relação ao PIB subiu para 78,1%, um aumento em comparação com os 77,5% registrados no mês anterior. A dívida líquida do setor público também apresentou crescimento, passando de 64,2% para 64,8% do PIB.

Gráfico de dívida pública do Brasil.

Déficit Primário em Setembro

O setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 17,452 bilhões em setembro. Este valor está em conformidade com a expectativa de economistas, que previam um saldo negativo de R$ 17,450 bilhões, segundo pesquisa da Reuters.

Analisando os componentes do resultado, o Governo central foi responsável por um rombo de R$ 14,944 bilhões. Estados e municípios contribuíram com um déficit primário de R$ 3,504 bilhões. Em contrapartida, as estatais apresentaram um superávit de R$ 996 milhões, conforme detalhado nos dados do Banco Central.

Contexto Econômico e Perspectivas

A evolução da dívida pública é um indicador crucial para a saúde fiscal do país e pode influenciar as decisões de política econômica, como as taxas de juros e a inflação. Um aumento na relação dívida/PIB pode gerar preocupações sobre a capacidade de pagamento do governo no longo prazo.

Especialistas acompanham de perto esses números para avaliar a sustentabilidade das contas públicas. A trajetória da dívida bruta é influenciada tanto pelo resultado primário (receitas menos despesas, excluindo juros) quanto pelos gastos com juros e outras variações que afetam o estoque da dívida. Para entender melhor o cenário fiscal, confira as últimas análises sobre economia brasileira.

Impacto nas Taxas de Juros

A elevação da dívida pública, embora esperada, pode adicionar uma camada de cautela para o Banco Central em futuras decisões sobre a taxa Selic. A relação entre a dívida e o PIB é um dos fatores considerados na avaliação do risco fiscal, que por sua vez impacta a percepção de risco do país e a demanda por títulos públicos. Um cenário de controle fiscal é fundamental para manter a estabilidade econômica e atrair investimentos. As recentes decisões sobre a política monetária e seus reflexos na economia podem ser acompanhadas em análises aprofundadas.

Fonte: InfoMoney

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