O Mercado europeu de diesel está em ascensão, impulsionado por uma combinação de novas sanções contra a Rússia e paralisações em refinarias que ameaçam o abastecimento.
O prêmio dos contratos futuros de diesel europeu em relação ao petróleo Brent, conhecido como ‘crack’, atingiu esta semana o maior nível em mais de 20 meses. Isso ocorreu após os Estados Unidos aplicarem sanções contra gigantes do petróleo russo, como Rosneft PJSC e Lukoil PJSC. Simultaneamente, os traders lidam com os ataques ucranianos à infraestrutura energética da Rússia e uma interrupção na refinaria de Al-Zour, no Kuwait, que tem capacidade para 615.000 barris por dia.
Contexto Geopolítico e Energético
As sanções americanas contra empresas russas de petróleo marcam um novo capítulo nas tensões geopolíticas, com o objetivo de pressionar Moscou no contexto da guerra na Ucrânia. A Rússia é um dos principais fornecedores de energia para a Europa, e qualquer interrupção em seu fornecimento tem um impacto direto e imediato nos preços globais.
Paralelamente, os ataques cibernéticos ucranianos a instalações de processamento de petróleo russas têm sido uma preocupação constante. Essas ações visam a capacidade da Rússia de exportar energia, afetando a oferta mundial. A fragilidade da infraestrutura energética em cenários de conflito é um risco latente para a estabilidade do mercado.
Desafios na Produção e Abastecimento
A falha na refinaria de Al-Zour, no Kuwait, adiciona mais um fator de pressão ao mercado. Refinarias de grande porte são cruciais para a produção de combustíveis como o diesel. Qualquer paralisação inesperada em uma unidade desse calibre pode gerar escassez e aumentar os preços, especialmente em um momento de demanda aquecida.
Esses fatores combinados — sanções, ataques e falhas em refinarias — criam um cenário de incerteza para o fornecimento de diesel. Analistas de mercado já alertam para a possibilidade de volatilidade nos preços nas próximas semanas, com potenciais reflexos nos Custos de transporte e logística em diversas economias.
Fonte: Bloomberg