O Deutsche Bank está monitorando os primeiros indícios de um movimento de desinvestimento em ativos americanos. Uma das preocupações é a possibilidade de um fenômeno conhecido como “debasement trade”, que envolve a busca por alternativas em meio à percepção de desvalorização de moedas ou ativos.
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Apostas em Ouro e Queda em Treasuries
Embora não haja uma confirmação definitiva de uma saída massiva de investidores globais dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), o banco alemão destaca um dado preocupante. Relatórios recentes do Federal Reserve (Fed) indicam que as posições em custódia de Treasuries dos EUA por parte de bancos centrais estrangeiros diminuíram em 11 das últimas 14 semanas. Na semana passada, esses números atingiram o menor patamar em mais de 13 anos, sinalizando uma potencial redução na Confiança em ativos denominados em dólar.
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Impacto nos Mercados e Análises
Essa tendência, se confirmada e intensificada, pode ter repercussões significativas para o mercado financeiro global. A alta nos preços do ouro, um ativo tradicionalmente visto como Porto seguro em tempos de incerteza econômica, também corrobora essa tese. Analistas do Deutsche Bank observam que a combinação da diminuição de reservas em Treasuries e o fortalecimento do ouro pode ser o prenúncio de uma mudança estratégica nos portfólios de investimento em larga escala.
A expectativa é que outros bancos centrais e fundos soberanos possam seguir essa tendência, buscando diversificar suas reservas e reduzir a exposição a um único mercado. A política monetária dos Estados Unidos e sua dívida pública são fatores cruciais que influenciam essa percepção de risco entre os investidores internacionais.
Próximos Passos e Cenários
O Mercado continua atento aos próximos indicadores econômicos e às decisões de política monetária que possam confirmar ou refutar essa análise do Deutsche Bank. Uma mudança na alocação de ativos globais pode influenciar diretamente as taxas de juros, o valor do dólar e a performance de outras moedas e commodities. Acompanhar o comportamento dos bancos centrais e a evolução do preço do ouro será fundamental para entender a magnitude desse movimento.
Fonte: Valor Econômico