Derrite propõe ajuda policial de SP ao Rio em crise de segurança

Secretário de Segurança de SP, Guilherme Derrite, sugere envio de policiais ao Rio para patrulhamento de rotina em meio à crise de segurança. Saiba mais.
Derrite sugeriu ajuda policial de SP ao Rio — foto ilustrativa Derrite sugeriu ajuda policial de SP ao Rio — foto ilustrativa

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, sugeriu ao governador Tarcísio de Freitas a oferta de parte do efetivo policial do estado para atuar no Rio de Janeiro. A proposta surge em meio à crise de segurança gerada por uma megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, que resultou em um alto número de mortos e presos.

A declaração foi feita em Brasília, após o anúncio da intenção de Derrite de pedir licença do cargo em novembro para relatar um projeto de lei que classifica grupos criminosos como terroristas. Ele afirmou que, caso houvesse necessidade de apoio para patrulhamento em outras áreas, a força policial de São Paulo estaria disponível, desde que não prejudicasse as atividades no estado.

Proposta de apoio policial

“O que falei para o governador é que, creio eu, os esforços para contenção dessa crise em áreas deflagradas e ocupadas vão acontecer por parte das forças estaduais do Rio de Janeiro. Eventualmente se houver necessidade do apoio das forças de segurança para patrulhamento em outras áreas, para que não haja prejuízo da atividade policial, isso pode ser feito”, declarou Derrite.

O secretário não confirmou se o plano de apoio foi formalmente discutido entre Tarcísio de Freitas e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. “Creio que o governador Tarcísio possa ter oferecido esse apoio, mas essa é uma questão que está sendo decidida entre eles. O que eu garanti a ele é que voluntários do estado de São Paulo não faltarão caso seja necessário”, completou.

Tarcísio de Freitas também participou de uma reunião de governadores de direita em Brasília para discutir o assunto, com a presença de Romeu Zema (Minas Gerais), Ronaldo Caiado (Goiás), Jorginho Mello (Santa Catarina) e Mauro Mendes (Mato Grosso). Um novo encontro está previsto.

Ministro Fernando Haddad em evento
Ministro Fernando Haddad

Contexto da crise de segurança no Rio de Janeiro

A megaoperação policial realizada no dia 28 de outubro na Zona Norte do Rio de Janeiro tornou-se a ação mais letal da história do estado e do país, com pelo menos 119 mortos e 113 presos. Este número superou o Recorde anterior, que era o massacre do Carandiru em 1992.

A situação no Rio tem gerado debates sobre segurança pública e a necessidade de cooperação entre estados. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia se manifestado sobre a importância da atuação do governo estadual no combate ao contrabando de combustíveis, apontando que fraudes no setor financiam o crime organizado.

Policiais em operação no Rio de Janeiro
Operação policial no Rio de Janeiro.

A proposta de Guilherme Derrite demonstra a complexidade do enfrentamento à criminalidade organizada, que transcende as fronteiras estaduais e demanda, por vezes, ações coordenadas e apoio mútuo entre as unidades federativas. A viabilidade e o desenrolar deste plano de apoio policial permanecem em definição pelas lideranças estaduais.

Fonte: InfoMoney

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