O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) declarou na Câmara dos Deputados que quatro dos jovens mortos em uma recente operação policial no Rio de Janeiro eram filhos de fiéis de sua igreja, o Ministério Missão de Vida. O parlamentar afirmou que os jovens “nunca portaram fuzis” e criticou o governador Cláudio Castro (PL), questionando a narrativa oficial da operação, que resultou em pelo menos 132 mortes.
Críticas à Operação Policial no Rio
Otoni de Paula contestou a Classificação dos jovens como criminosos, declarando: “Estão sendo contados no pacote como se fossem bandidos. E sabe quem vai saber se são bandidos ou não? Nunca, ninguém vai atrás, porque preto correndo em dia de operação na favela é bandido”. O deputado, que se apresentou como pastor não progressista, pediu um minuto de silêncio em homenagem às vítimas e expressou solidariedade às famílias dos quatro policiais mortos na ação.
Governador do Rio questiona fala de deputado
Em resposta às declarações, o governador Cláudio Castro expressou ceticismo, afirmando em Entrevista: “Duvidar que havia alguém passeando em área de mata em um dia de operação”. Castro reiterou que as verdadeiras vítimas do confronto foram os quatro policiais mortos, minimizando a possibilidade de civis inocentes terem sido alvos da operação.
Investigação e Parceria Federal
O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Antônio José Campos Moreira, lamentou todas as mortes registradas durante a megaoperação contra o Comando Vermelho. Ele assegurou que o Ministério Público irá investigar as ações e acompanhar o trabalho de reconhecimento dos corpos. Diante da escalada de violência e das polêmicas, Cláudio Castro e o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciaram uma Parceria entre o governo federal e o Rio de Janeiro para combater o crime organizado de forma conjunta.
Fonte: Estadão