O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) admitiu ter utilizado em plenário o apelido associado a Gleisi Hoffmann na lista da Odebrecht, mas negou a intenção de ofendê-la. O caso está sob análise do Conselho de Ética da Câmara, que avalia a cassação de seu mandato.


Em sua Defesa no Conselho de Ética, Gilvan da Federal afirmou que o apelido “Amante” foi originado pelos empresários da Odebrecht e que, em nenhum momento, ele se referiu diretamente à ministra Gleisi Hoffmann. Contudo, essa declaração contradiz uma fala anterior do próprio deputado, onde ele sugeriu que a ministra não deveria se ofender com o apelido, pois ele não teria sido publicamente assumido por ela.
Histórico das Declarações do Deputado
Em abril deste ano, em meio a discussões sobre a atuação da Polícia Federal e Críticas ao governo do presidente Lula, Gilvan da Federal relembrou o caso da Odebrecht. Na ocasião, ele citou nomes como “Lindinho” e “Amante”, acrescentando que este último “devia ser uma prostituta do caramba”, e que “a carapuça serviu” para alguns deputados. Essas falas foram registradas e agora pesam contra ele no processo por quebra de decoro parlamentar.
Conselho de Ética e Imunidade Parlamentar
O processo que apura as declarações ofensivas à petista Gleisi Hoffmann resultou na Suspensão cautelar do mandato de Gilvan da Federal. Atualmente, o Conselho de Ética debate a possibilidade de cassação. A defesa do deputado, alinhado à base bolsonarista, alega perseguição política e sustenta que suas falas estão protegidas pela imunidade parlamentar, garantida pela Constituição aos membros do Congresso Nacional.
Outros Casos no Conselho de Ética
O Conselho de Ética também tem outros casos em andamento. A votação do parecer sobre suspeita de rachadinha no gabinete do deputado André Janones (Avante-MG) foi adiada para a próxima semana. Similarmente, a análise da representação contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusado de extrapolar limites do mandato ao atuar no exterior em Defesa de medidas “hostis às autoridades brasileiras”, também foi adiada. O relator dessa última solicitou mais uma semana para reavaliar o caso.


Fonte: InfoMoney