Itaú: CEO revela que demitidos no home office admitiram trabalhar em outros locais

CEO do Itaú, Milton Maluhy, revela que 1,1 mil demitidos no home office admitiram trabalhar em outros locais, citando baixa produtividade e desvio de conduta.
Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco, em palestra sobre produtividade e demissões no home office. Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco, em palestra sobre produtividade e demissões no home office.

O presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, abordou questões delicadas sobre as práticas de trabalho e conduta de funcionários em conversa com estudantes da ESPM. Uma das polêmicas recentes envolveu a Demissão de mais de 1,1 mil funcionários que atuavam em regime de home office, gerando debates e memes sobre a produtividade no trabalho remoto.

Produtividade e Desvios de Conduta no Home Office

Maluhy explicou que o banco utiliza diversas ferramentas para avaliar a produtividade e que a análise para as demissões foi rigorosa. “Tinham 1,1 mil pessoas fazendo um péssimo trabalho, entregando 20% do que era esperado e registrando que fazia hora extra. Isso é um desvio de conduta e gera uma sobrecarga sobre o restante, colocando em risco um modelo [de trabalho híbrido] em que a gente acredita muito”, afirmou.

O CEO ressaltou que o Itaú não pretende abandonar o home office, mas sim aprimorar o modelo. Ele acrescentou que a maioria dos demitidos pediu desculpas e admitiu o mau uso do regime, reconhecendo jornadas duplas ou triplas e o trabalho para outras empresas simultaneamente. “Seja como for, existem controles, jornadas. A maior parte dos que saíram pediu desculpas, reconheceu o mau uso, admitiu que estava fazendo jornada dupla, tripla, trabalhando virtualmente para outros lugares.”

Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco, em palestra.
Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco, em palestra.

Decisões Difíceis e Ética Inegociável

Maluhy destacou a disposição do banco em tomar decisões difíceis, mesmo diante de possíveis repercussões negativas na imprensa. “A gente corre o risco de isso ir parar na imprensa e sermos mal interpretados, mas dormimos tranquilo à noite”, declarou.

Casos de Fraude e Mau Uso de Cartão Corporativo

O CEO também comentou sobre o processo contra o ex-vice-presidente financeiro, Alexsandro Broedel, acusado de fraude em conjunto com o contador Eliseu Martins. Maluhy enfatizou a importância da ética, que considera inegociável. “Quando o ex-CFO toma medidas em benefício próprio, R$ 5 milhões podem parecer pouco para um banco do tamanho do Itaú, mas não se trata de dinheiro, se trata de ética, que é inegociável. É inaceitável que alguém que teve a chance de trabalhar no banco, na posição que tinha, com a remuneração que tinha, e faz o que faz. Então é preciso arcar com as consequências dos atos.”

Outro caso mencionado foi o do ex-vice-presidente de marketing, Eduardo Tracanella, demitido por mau uso do cartão corporativo. Apesar de ser um profissional respeitado, Tracanella “cruzou uma linha, teve um caso de mau uso de um produto, que infelizmente vazou e trouxe uma exposição”, explicou Maluhy.

Entenda a fundo o caso das demissões no Itaú e os motivos apresentados pelo banco. A postura da instituição reflete uma tendência de maior rigor na gestão de equipes remotas e híbridas no setor financeiro.

Impacto no Setor Bancário

As declarações de Milton Maluhy, presidente do Itaú Unibanco, oferecem um panorama sobre os desafios enfrentados por grandes corporações na adaptação aos modelos de trabalho modernos. A gestão de produtividade, a Confiança nas equipes e a aplicação de políticas internas são cruciais para manter a eficiência operacional e a cultura organizacional.

Fonte: Valor Econômico

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