O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) do Governo Lula ganhará uma nova linha de crédito focada em reformas de imóveis. Famílias em áreas urbanas poderão obter financiamento de R$ 5 mil a R$ 30 mil, com juros nominais que variam entre 1,17% e 1,95% ao mês. A iniciativa, oficializada nesta quinta-feira (9) por meio de portaria do Ministério das Cidades, visa impulsionar o Mercado imobiliário e se consolida como uma estratégia eleitoral para 2026.
Para ter Acesso ao crédito, as famílias precisarão comprovar renda mensal bruta familiar de até R$ 9.600. Os recursos poderão ser aplicados na aquisição de materiais de construção, pagamento de mão de obra, e custos com projetos e orientação técnica para as obras. O valor das parcelas não poderá exceder 25% da renda familiar, com prazos de pagamento entre 24 e 60 meses, utilizando os sistemas SAC ou Tabela Price, a critério do agente financeiro.
Faixas de Renda e Taxas de Juros Definidas
O programa foi dividido em duas faixas, cada uma com uma taxa de juros específica para adequar-se às diferentes realidades financeiras das famílias. A Faixa 1 destina-se a famílias com renda bruta mensal de até R$ 3.200,00, oferecendo a taxa de juros nominal mais baixa, de 1,17% ao mês. Já a Faixa 2 abrange famílias com renda entre R$ 3.200,01 e R$ 9.600,00, com juros nominais de 1,95% ao mês.
Uma regra importante é que cada família só poderá contratar um financiamento por vez, sendo proibida a aquisição de um novo crédito enquanto houver um contrato anterior em vigor.
Impacto no Mercado e Fontes de Financiamento
A expectativa do governo é que essas novas linhas de crédito injetem aproximadamente R$ 20 bilhões na economia, principalmente através de instituições financeiras públicas como a Caixa. Os recursos para o financiamento das reformas provêm do Fundo Social do Pré-Sal. Os imóveis elegíveis para reforma devem estar localizados em áreas urbanas, incluindo capitais e municípios com mais de 300 mil habitantes.
A medida surge em um momento em que o governo busca fortalecer programas sociais e econômicos. Especialistas apontam que iniciativas como essa podem aquecer o setor da construção civil e gerar empregos, além de melhorar as condições de moradia para milhares de famílias brasileiras.
Fonte: Valor Econômico