A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS se prepara para uma sessão decisiva nesta quinta-feira (6), onde votará cinco pedidos de Prisão e um requerimento de acareação envolvendo Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como ‘Careca do INSS’, e o advogado Eli Cohen. Além disso, a comissão discutirá a quebra dos sigilos bancário e fiscal da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado da Bahia (Fetag-BA).
O colegiado analisará um total de 186 requerimentos, a maioria focada em quebras de sigilo de empresas investigadas pela Polícia Federal por suposto esquema de fraudes em descontos não autorizados em aposentadorias. Os pedidos de acareação foram apresentados pelo vice-presidente da CPI, Duarte Jr. (PSB-MA), e pelo líder do Governo na comissão, Paulo Pimenta (PT-RS).
Pimenta destacou que o depoimento de Eli Cohen à CPI apontou ‘Careca do INSS’ como figura central em um dos núcleos operacionais da fraude. Em sua oitiva, Antunes afirmou que o apelido lhe foi imposto por Cohen, que teria tentado extorqui-lo. “Houve importantes divergências nos depoimentos prestados por autoridades a esta CPI”, ressaltou Pimenta.
Pedidos de Prisão e Apreensão de Passaportes
Serão votados requerimentos para a prisão de Felipe Macedo Gomes, Domingos Sávio de Castro, Rubens Oliveira Costa, Vinícius Ramos da Cruz e Silas Vaz. Adicionalmente, a CPI discutirá a apreensão de passaportes de individuals já com prisão decretada pela comissão.
Fetag-BA Sob Suspeita
A Fetag-BA também está sob escrutínio. Investigações indicam que a federação repassou pelo menos R$ 2,7 milhões a ex-assessores de políticos do PCdoB entre 2021 e 2022, e novamente entre 2024 e 2025. Esses pagamentos foram feitos a 21 beneficiários.
Oitiva de Onyx Lorenzoni
Após a votação dos requerimentos, a CPI ouvirá o ex-ministro da Previdência Social, Onyx Lorenzoni. Parlamentares da base governista pretendem questioná-lo sobre serviços advocatícios prestados por seu filho a uma das associações investigadas e sobre sua relação com um doador de campanha que possuía negócios com outra entidade sob investigação.
Fonte: Estadão