A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou nesta quinta-feira (6) um pedido crucial: a acareação entre o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, e o advogado Eli Cohen. A decisão visa esclarecer contradições sobre um suposto esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões.
![](<figure><img src="https://f.i.uol.com.br/fotografia/2025/10/09/176001450768e7b0abcb09a_1760014507_3x2_md.jpg" alt=""><figcaption></figcaption></figure>)
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Contexto da Acaliação
O requerimento foi apresentado pelo vice-presidente da CPI, deputado federal Duarte Jr. (PSB-MA), e pelo deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS). Segundo Pimenta, em depoimento à CPI em 1º de setembro, Cohen apontou Antunes como o principal operador do esquema. Em contrapartida, Antunes declarou à comissão em 25 de setembro que o apelido Careca do INSS foi dado por Cohen para induzir uma narrativa falsa, após tentativas frustradas de extorsão.
Dicas e Influências Externas
Recentemente, veio à tona que Cohen recebeu dicas do marqueteiro do PL, Duda Lima, sobre como se portar em seu depoimento à comissão. Essa informação adiciona uma camada de complexidade ao caso, levantando questões sobre a independência das declarações e possÃveis articulações polÃticas por trás das investigações.
Outras Ações da CPI
Além da acareação, a CPI aprovou de uma só vez 178 requerimentos. Entre as ações, parlamentares pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão de representantes de entidades investigadas pelo esquema. Os requerimentos serão enviados ao ministro relator do caso, André Mendonça. A comissão também aprovou a apreensão do passaporte de 21 pessoas que tiveram pedido de prisão aprovado pela própria comissão, embora o requerimento original contivesse apenas nomes e CPFs, sem detalhamento dos crimes.
Impacto e Próximos Passos
A decisão de acarear Careca do INSS e Eli Cohen é um passo importante para desvendar a extensão das fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social. A CPI segue apurando responsabilidades e buscando esclarecer as dinâmicas por trás dos descontos indevidos, com o objetivo de garantir a segurança e a integridade do sistema previdenciário brasileiro.
Fonte: Folha de S.Paulo
