Copasa: Itaú BBA eleva recomendação e dobra preço-alvo com foco em privatização

O Itaú BBA elevou a recomendação para as ações da Copasa (CSMG3) de neutra para compra, mesmo com uma alta superior a 70% no ano. O banco estabeleceu um novo preço-alvo de R$ 43,20 para o final de 2026, um aumento considerável em relação aos R$ 24,10 projetados para o final de 2025.

Segundo o banco, as chances de privatização da companhia de saneamento aumentaram nas últimas semanas, com apoio sólido na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e a perspectiva de conclusão do processo até o início de 2026. Além disso, os números preliminares do reajuste tarifário foram superiores ao esperado, com potencial de gerar valor adicional caso os debates sobre eficiência operacional e o WACC se concretizem.

Privatização da Copasa Avança com Apoio Político

O cenário para a privatização da Copasa passou por uma Virada significativa nos últimos cinco meses. O processo avançou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e houve alterações na abordagem do governo estadual quanto à utilização dos recursos da operação. Interações recentes com membros seniores da ALMG e do governo indicaram uma redução considerável da resistência, elevando a probabilidade de privatização nas projeções do Itaú BBA.

Ações da Copasa em análise após recomendação do Itaú BBA.

Valuation Atrativo da Copasa Pós-Privatização

Embora a avaliação atual já incorpore maiores chances de privatização, o Itaú BBA destaca que o valuation atual “ainda está distante do valor que a Copasa poderia alcançar privatizada, tornando-a uma oportunidade de compra”. O banco estabeleceu um preço-alvo que combina 60% do valor estimado em um cenário privatizado e 40% de um cenário de empresa estatal bem administrada. Novos dados regulatórios divulgados pela ARSAE (Agência Reguladora de Saneamento de Minas Gerais) trouxeram melhorias significativas para o reconhecimento e a remuneração da Base de Ativos Regulatórios (RAB).