A decisão entre investir R$ 63,2 mil em pacotes oficiais para a Copa do Mundo de 2026 ou aplicar o valor e resgatar a rentabilidade se tornou um dilema. Excluindo a emoção do torcedor, a escolha racional foca no custo de oportunidade, considerando não apenas o gasto, mas o potencial ganho financeiro.
Leonardo Andreoli, especialista em investimentos da Hike Capital, simulou os rendimentos em renda fixa para diferentes cenários de investimento do valor do pacote de viagem. O pacote inclui cinco noites em hotel cinco estrelas nos EUA, ingresso para um jogo do Brasil, transfer e city tour, oferecido por empresas ligadas à Fifa.
A simulação considerou produtos como Tesouro Selic, CDB a 110% do CDI e LCI/LCA a 95% do CDI. O período analisado foi de outubro de 2024 a julho de 2026, totalizando 10 meses até o início do campeonato.

Copa 2026: Lucro de R$ 6 mil ou experiência de jogo?
A escolha entre vivenciar a emoção de assistir a um jogo do Brasil na Copa do Mundo de 2026 ou investir o dinheiro e ter, aproximadamente, R$ 6 mil a mais no bolso é o cerne da questão. Este é o rendimento líquido estimado para o pacote mais caro (R$ 63 mil), de acordo com as simulações de Andreoli, caso o valor fosse aplicado em LCI/LCA, o investimento com maior retorno no período.
Caso o torcedor opte por manter o investimento até a Copa de 2030, o valor aplicado poderia render R$ 24.727, totalizando R$ 87.952, graças ao efeito dos juros compostos.
Análise Financeira: Torcer ou Investir?
Andreoli destaca a importância de avaliar o impacto financeiro antes de decidir. A recomendação é equilibrar as Finanças e retirar a emoção da equação. “Se esse é todo o recurso da pessoa, vale mais a pena investir e pensar mais no longo prazo”, afirma.
Uma alternativa seria buscar pacotes mais acessíveis e planejar financeiramente, como dividir os Custos da viagem com amigos. “Agora, se esse valor não é tudo que a pessoa tem, vale ir atrás de realizar um sonho desde que não comprometa a saúde financeira”, completa.
A decisão final entre o sonho da Copa e a segurança financeira passa por uma análise criteriosa do planejamento pessoal e dos objetivos de curto e longo prazo.
Fonte: InfoMoney