Com a COP-30 se aproximando em Belém, o foco se volta para os desafios de sediar um evento global de grande magnitude na Amazônia, uma região única e pouco conhecida pela maioria. A escolha da capital paraense, inédita para uma conferência climática, traz consigo a necessidade de infraestrutura adaptada, diferentemente das sedes anteriores como Cairo e Baku.
O Presidente da República destaca a COP-30 como uma conquista brasileira, uma oportunidade para exibir a realidade da Amazônia ao mundo. No entanto, a infraestrutura limitada e os Custos elevados podem impactar a experiência e a participação de milhares de visitantes potenciais, além de afetar a discussão sobre medidas concretas para a redução das mudanças climáticas.
A Realidade dos Prejuízos Climáticos Globais
As mudanças climáticas representam um risco existencial para a humanidade, com prejuízos globais atingindo US$ 350 bilhões em 2024, um aumento de US$ 70 bilhões em relação a 2023. Essa tendência de alta assola tanto países ricos quanto pobres com eventos devastadores.
A diferença fundamental reside na capacidade de resposta: nações ricas, com maior cobertura de seguros, transferem parte dos prejuízos para seguradoras. Em contraste, no chamado “Sul Global”, as perdas recaem majoritariamente sobre governos e populações afetadas.
O Papel do Seguro na Mitigação de Riscos no Brasil
No Brasil, os prejuízos causados por eventos climáticos nos últimos 10 anos somaram R$ 450 bilhões, com impressionantes 95% dessas perdas desassistidas por seguros. A conta, portanto, ficou com o governo e a população, que muitas vezes não tiveram o suporte necessário para a recuperação.
Diante deste cenário, a COP-30 em Belém assume um papel crucial como um marco para a implementação de ações efetivas. O setor de seguros emerge como um componente essencial na solução, oferecendo proteção e recuperação em face da crescente vulnerabilidade às mudanças climáticas.
Fonte: Estadão