COP-30: Sabesp debate financiamento climático e saneamento para todos

Diretora da Sabesp na COP-30: entenda como o financiamento climático e o saneamento universal podem gerar justiça climática e resiliência.
COP-30 — foto ilustrativa COP-30 — foto ilustrativa

A Sabesp, sob nova gestão e com a meta de investir R$ 70 bilhões em São Paulo, avança em direção à universalização do acesso à água e ao esgoto, buscando antecipar o prazo legal de 2032. Rachel Sampaio, diretora de Sustentabilidade da empresa, destaca que o saneamento é fundamental para a justiça climática e para mitigar os impactos de futuras escassezes hídricas.

A executiva expressou otimismo em relação à COP-30, que ocorrerá em Belém. Um dos principais debates no evento será como financiar as ações necessárias para combater as mudanças climáticas globais.

Debate sobre clima e saneamento na COP-30
Evento discutirá financiamento para ações climáticas globais.

O Papel do Financiamento Climático e da Biodiversidade

Na COP-30, a discussão central para o Brasil gira em torno do financiamento climático. Sampaio enfatiza a necessidade de direcionar recursos de países desenvolvidos, grandes emissores de poluentes, para nações mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas, como o Brasil.

A Biodiversidade brasileira também é um ponto crucial. A diretora ressalta a importância de traduzir o valor dos serviços ecossistêmicos em termos econômicos, promovendo o desenvolvimento sustentável e valorizando as comunidades que protegem o meio ambiente.

Justiça Climática e o Papel da Sabesp

A COP-30 é vista como um momento chave para abordar a justiça climática sob uma ótica integrada. Mecanismos financeiros inovadores são essenciais para que o dinheiro chegue a quem mais sofre com os desequilíbrios ambientais.

A Sabesp se posiciona como protagonista, atuando com soluções baseadas na natureza e buscando viabilizar economicamente a preservação e o desenvolvimento sustentável. A empresa está desenvolvendo uma estratégia florestal focada em tornar essas ações economicamente viáveis.

Saneamento como Pilar da Sustentabilidade e Resiliência

A diretora de sustentabilidade da Sabesp reitera que o saneamento básico, por si só, já representa sustentabilidade. Levar água tratada e esgoto adequado a todas as regiões melhora a saúde pública, a educação, a produtividade e estimula o desenvolvimento econômico.

A estratégia ESG da Sabesp tem quatro pilares: universalização do Acesso à água e esgoto até 2029, uso eficiente de recursos naturais, relacionamento com stakeholders e resiliência hídrica. Este último pilar é crucial para garantir o acesso à água em um cenário de crise hídrica e mudanças climáticas, com a preservação de vastas áreas de florestas.

O principal desafio reside na universalização, um feito inédito no Brasil, que se alinha à ideia da COP-30 como a “COP do financiamento”. O saneamento é apresentado como um primeiro passo para a resiliência climática das populações mais vulneráveis.

Com investimentos previstos de R$ 70 bilhões, a Sabesp busca inovar na captação de recursos. O contrato de concessão foi desenhado para alinhar metas socioambientais a performance financeira, garantindo que o dinheiro chegue efetivamente a quem necessita e promova soluções para os grandes desafios socioambientais.

Fonte: Estadão

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