Mercados de Commodities: Café em Baixa, Cacau e Açúcar em Alta

Mercados de commodities: café arábica em queda após pico, enquanto cacau e açúcar registram alta devido a fatores de oferta e demanda.
Contratos futuros de café — foto ilustrativa Contratos futuros de café — foto ilustrativa
An employee fills a bag with Arabica roasted coffee beans in a coffee roasting shop in Paris, France, November 28, 2024. REUTERS/Stephanie Lecocq

Os mercados de commodities apresentaram movimentos divergentes nesta quinta-feira. Contratos futuros de café arábica atingiram um pico de oito meses, mas recuaram após vendas técnicas. Em contrapartida, os preços do cacau e do açúcar registraram alta.

Movimentação do Café Arábica

O café arábica na ICE encerrou o dia em queda de 2,5%, cotado a US$ 4,1015 por Libra-peso, após alcançar US$ 4,3795 durante a sessão. A desvalorização foi atribuída à realização de lucros após uma série de altas sustentadas pela queda nos estoques certificados, que caíram para 465.910 sacas em 22 de outubro, um recuo significativo em relação às 643.341 sacas registradas um mês antes. Essa redução nos estoques foi parcialmente influenciada pela desaceleração das exportações brasileiras, após os Estados Unidos imporem uma tarifa de importação de 50% sobre o produto.

Gráfico de preços do café arábica em bolsa de valores, mostrando a volatilidade do mercado.
Contratos futuros de café arábica registraram volatilidade.

O café robusta também sentiu o impacto, caindo 3,7% para US$ 4.521 por tonelada métrica. Embora o Vietnã, um dos maiores produtores de robusta, tenha sido atingido pela tempestade Fengshen, as áreas de cultivo de café não sofreram danos diretos, e a tempestade já perdeu força. A colheita de café no Vietnã deve intensificar-se no próximo mês.

Alta nos Preços do Cacau

No mercado de cacau, os preços em Londres apresentaram alta de 0,7%, fechando em 4.603 libras por tonelada, após terem alcançado uma máxima de três semanas. A recuperação foi impulsionada por compras do setor, que voltaram ao mercado após um período de quedas entre meados de agosto e outubro. Preocupações com o início lento da safra principal na Costa do Marfim, o maior produtor mundial, e a baixa qualidade de parte do cacau colhido também sustentaram os preços. O cacau em Nova York subiu 0,7%, atingindo US$ 6.339 por tonelada.

A vice-presidente de Gana, Jane Naana Opoku-Agyemang, destacou a intenção do país em aumentar o processamento local de cacau para, pelo menos, 50% da safra nos próximos anos, um aumento significativo em relação aos menos de 30% atuais. O país busca atrair investidores para desenvolver projetos nesse sentido.

Prédios e infraestrutura de processamento de cacau, simbolizando o aumento da produção e valor agregado.
Gana busca aumentar o processamento local de cacau.

Açúcar Bruto Valorizado

O açúcar bruto registrou alta de 1,3%, encerrando o dia a 15,29 centavos de dólar por Libra-peso. Analistas apontam que a recuperação com a cobertura de posições vendidas oferece um alívio temporário, mas um movimento mais expressivo exigiria a superação da marca de 15,50 centavos. O açúcar branco também seguiu a tendência de alta, com uma valorização de 0,8%, alcançando US$ 437,80 por tonelada.

Análise e Perspectivas

A volatilidade nos mercados de commodities reflete fatores como estoques, condições climáticas, tarifas de importação e estratégias de processamento. Enquanto o café arábica enfrenta pressões de realização de lucros, cacau e açúcar mostram sinais de recuperação e potencial de valorização, com atenção especial às iniciativas de países produtores como Gana para agregar valor às suas produções.

Fonte: InfoMoney

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