Moraes exige explicação de Collor sobre tornozeleira desligada

Alexandre de Moraes exige que Fernando Collor explique o desligamento de sua tornozeleira eletrônica em até 5 dias, sob pena de prisão.
Fernando Collor tornozeleira eletrônica — foto ilustrativa Fernando Collor tornozeleira eletrônica — foto ilustrativa

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o ex-presidente Fernando Collor preste esclarecimentos sobre o desligamento de sua tornozeleira eletrônica. A ordem, emitida nesta sexta-feira (17), estabelece um prazo de cinco dias para que Collor explique a falha, sob pena de decretação de Prisão.

Atualmente em regime domiciliar, Collor foi condenado a oito anos e dez meses de prisão. Sua prisão ocorreu em abril, em Maceió, após a determinação de Moraes para o início do cumprimento da pena, seguida por sua transferência para prisão domiciliar.

O despacho de Moraes menciona um relatório da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão social de Alagoas, que apontou uma violação da medida cautelar de uso da tornozeleira. O equipamento teria sido desligado em 2 de maio, supostamente por falta de bateria, e só foi religado no dia seguinte, às 21h23.

Descumprimento de Medida Cautelar

O ministro citou o Artigo 312, parágrafo 1º, do Código de Processo Penal, que permite a decretação de prisão preventiva em caso de descumprimento de medidas cautelares. A intimação aos advogados de Collor visa obter esclarecimentos sobre a suposta violação das condições impostas.

Condenação e Acusações

Fernando Collor foi condenado por supostamente receber R$ 20 milhões para intermediar, de forma irregular, contratos entre a BR Distribuidora e a UTC Engenharia. A investigação aponta que essa vantagem indevida teria ocorrido em troca de apoio político para a nomeação e Permanência de diretores na estatal.

Em 2023, quando a condenação foi proferida pelo STF por 8 votos a 2, o então relator do caso, ministro Edson Fachin, destacou que o ex-presidente, que também foi senador por Alagoas entre 2007 e 2023, teria utilizado seu cargo público para benefício próprio. Fachin indicou na época a existência de indícios de que Collor teria recebido R$ 30 milhões em espécie.

Posição da Defesa

Procurado, o advogado de Collor, Marcelo Bessa, informou que a Defesa ainda não foi formalmente intimada sobre a decisão e, portanto, não se pronunciará sobre o caso neste momento.

Fonte: Valor Econômico

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