COEs R$ 100 bi: Diversificação e Riscos em Investimentos Estruturados

Descubra como os COEs somam R$ 100 bi e ampliam opções de diversificação. Entenda os riscos, tributação e tipos de Certificados de Operações Estruturadas para sua carteira.
COEs e diversificação — foto ilustrativa COEs e diversificação — foto ilustrativa

Os Certificados de Operações Estruturadas (COEs) atingiram um patrimônio de quase R$ 100 bilhões, segundo estudo da consultoria Elos Ayta. Apesar de alguns casos de perdas pontuais, esses instrumentos se consolidam como ferramentas eficazes para a diversificação de investimentos, democratizando o Acesso a estratégias antes restritas a grandes investidores.

Um dos grandes atrativos dos COEs é a possibilidade de expor o investidor a ativos globais diretamente do Brasil. Isso inclui investimentos em moedas estrangeiras, ações de empresas internacionais, índices de tecnologia e commodities. Essa flexibilidade tem sido um motor para o crescimento do produto, que se aproximava dos R$ 100 bilhões em valor total ao final do terceiro trimestre de 2025.

Gráfico demonstrando o crescimento do patrimônio em COEs.
Crescimento dos Certificados de Operações Estruturadas (COEs).

Evolução e Tipos de COEs

Originalmente, os COEs estavam atrelados a estratégias de risco de Mercado, combinando títulos públicos ou privados com ativos de renda variável, oferecendo proteção parcial ou total do capital investido. Desde o fim de 2022, surgiram novas alternativas: os COEs de Risco de Crédito, que expõem o investidor ao risco de crédito do banco emissor e do ativo referenciado.

Essa evolução foi formalizada pela Resolução CMN nº 5.166, de agosto de 2024, que dividiu os COEs em Risco de Mercado e Risco de Crédito. Essa mudança ampliou as possibilidades para os investidores, especialmente em um cenário de juros elevados, permitindo maior personalização da carteira de investimentos.

Diversificação e Perfil de Investidor

A diversificação oferecida pelos COEs se estende também ao perfil de estratégia. Existem opções mais conservadoras, focadas na proteção do capital, e estruturas que assumem mais risco em busca de retornos potencialmente maiores. Essa variedade permite que cada investidor monte uma carteira sob medida, alinhada ao seu perfil e objetivos financeiros.

Para otimizar a alocação, é importante considerar que a maioria dos COEs é voltada para o longo prazo e não possui liquidez antes do vencimento. Portanto, não é recomendável alocar uma parcela significativa do patrimônio nesses produtos. O ideal é destiná-los a objetivos de longo prazo, cujo Acesso aos recursos não será necessário no dia a dia. Essa renúncia à liquidez é a contrapartida para uma rentabilidade potencialmente diferenciada.

Riscos e Tributação

A tributação dos COEs segue as regras tradicionais da renda fixa, com alíquotas regressivas de Imposto de Renda que variam entre 22,5% e 15%, dependendo do prazo da aplicação. No entanto, é fundamental entender os riscos inerentes ao produto.

Embora muitos COEs de Risco de Mercado ofereçam proteção contra perdas nominais, eles não são isentos de riscos. Um COE que não gera retorno ao longo dos anos pode levar à perda de poder de compra devido à inflação. Já os COEs de Risco de Crédito exigem atenção especial, pois o investidor está exposto ao risco de inadimplência da instituição emissora, similar ao de qualquer título de dívida privada. É crucial notar que não há cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para esses produtos.

Fonte: InfoMoney

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