O presidente do PP e senador Ciro Nogueira (PI) declarou sua preferência por um candidato único da direita em 2026, desde que este nome consiga unificar o eleitorado, citando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como um exemplo ideal. “Se for um candidato estilo Tarcísio, que unifique a todos, do MDB ao PL, não tenho dúvida que é melhor ter um só candidato”, afirmou Ciro Nogueira em entrevista ao programa Canal Livre, da Band.
O senador destacou Tarcísio e o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), como os nomes mais promissores para a disputa presidencial do próximo ano. “Eu defendo nós escolhermos o melhor candidato à Presidência possível, analisando não só intenção de voto, mas rejeição e desconhecimento, que favorece muito os nomes do Ratinho e do Tarcísio”, explicou.
Recentemente, após visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Ciro Nogueira direcionou críticas ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), outro pré-candidato da direita. Embora tenha afirmado não ter nada contra Caiado, Nogueira enfatizou que “o candidato tem que mostrar viabilidade. Não sou eu que vou impedir ou apoiar sua candidatura. Quem tem que apoiar é o povo.”. 
Pesquisas e Rejeição: Fatores para a Escolha Presidencial
Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada em maio apontou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é o nome mais rejeitado entre potenciais candidatos, com 68% de eleitores que não votariam nele. Tarcísio de Freitas apresenta uma rejeição de 41%, enquanto Ratinho Júnior tem 40%. Os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, registram rejeições de 43% e 32%, respectivamente.
Ciro Nogueira, que foi cotado para ser vice em 2022, delineou dois critérios para a escolha do candidato: “Primeiro que não prejudique; se puder agregar eleitoralmente, melhor ainda”. Ele reconheceu que o sobrenome Bolsonaro “agrega com certeza”, mas ressaltou a necessidade de ponderar a rejeição. “Temos que ser muito pragmáticos e fazer escolha em cima de pesquisas, em cima de dados”, disse.
Ciro Nogueira: Críticas ao STF e Ativismo Judicial
Em relação ao Supremo Tribunal Federal (STF), Ciro Nogueira declarou que não considera o ministro Alexandre de Moraes um “ditador e tirano”, como alegam apoiadores de Bolsonaro. No entanto, ele expressou preocupação com o que chamou de “excesso de ativismo judicial no País”.
“Acho que há um excesso de ativismo judicial no País, é chegado o momento de dar um passo atrás, porque se não, vamos ter uma eleição no próximo ano em que a discussão vai ser o Supremo, isso é ruim para a democracia”, declarou o senador.
As Críticas ao STF e ao ativismo judicial se intensificaram após a condenação do ex-presidente Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por golpe de Estado. Na ocasião, Moraes defendeu os procedimentos da investigação, rebatendo as acusações de condução parcial do processo.
Fonte: Estadão
