O presidente do PP e senador Ciro Nogueira (PI) indicou sua preferência por um único candidato de direita em 2026, desde que seja um nome capaz de “unificar a todos”, citando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como o arquétipo ideal. “Se for um candidato estilo Tarcísio, que unifique a todos, do MDB ao PL, não tenho dúvida que é melhor ter um só candidato”, declarou em Entrevista ao programa Canal Livre, da Band.
Nogueira reiterou que vê Tarcísio de Freitas e o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), como os nomes mais promissores para a disputa presidencial. “Eu defendo nós escolhermos o melhor candidato à Presidência possível, analisando não só intenção de voto, mas rejeição e desconhecimento, que favorece muito os nomes do Ratinho e do Tarcísio”, argumentou, ressaltando a importância dos dados de pesquisa.
O senador comentou recentemente sobre outros nomes na disputa, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). Após visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Nogueira lançou Críticas veladas a Caiado, afirmando que “o candidato tem que mostrar viabilidade. Não sou eu que vou impedir ou apoiar sua candidatura. Quem tem que apoiar é o povo.”
Pesquisas recentes indicam que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) possui a maior rejeição (68%), seguido por Romeu Zema (Novo) com 43%, Tarcísio de Freitas com 41%, Ratinho Júnior com 40% e Ronaldo Caiado com 32%. Esses dados são cruciais para a definição de uma chapa competitiva, segundo Nogueira.

Ciro Nogueira analisa atuação do STF e Alexandre de Moraes
Em relação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Ciro Nogueira afirmou não considerá-lo “ditador e tirano”, contrariando Críticas de apoiadores do ex-presidente Bolsonaro. No entanto, o senador expressou preocupação com o que chamou de “excesso de ativismo judicial no País”.
“Acho que há um excesso de ativismo judicial no País, é chegado o momento de dar um passo atrás, porque se não, vamos ter uma eleição no próximo ano em que a discussão vai ser o Supremo, isso é ruim para a democracia”, pontuou Nogueira. A declaração surge em meio a intensos debates sobre a atuação do STF em processos políticos recentes.
Ciro Nogueira destacou que a escolha do candidato ideal para 2026 deve seguir dois critérios principais: “Primeiro que não prejudique; se puder agregar eleitoralmente, melhor ainda”. Ele reconhece que o sobrenome Bolsonaro “agrega com certeza”, mas alerta para a necessidade de ponderar a questão da rejeição, defendendo uma abordagem pragmática baseada em pesquisas e dados concretos para a definição da candidatura.
Fonte: InfoMoney