O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, formalizou sua saída do Partido Democrático Trabalhista (PDT) nesta sexta-feira, 17 de novembro. Ciro enviou uma carta ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, solicitando sua desfiliação. Ele era filiado à sigla desde 2015 e agora busca um novo rumo político, com o PSDB e o União Brasil como principais alternativas. A definição sobre seu próximo grupo político deve ser anunciada na próxima semana.
Recentemente, Ciro Gomes tem se aproximado de partidos como o PSDB e o União Brasil. Em julho deste ano, o político se reuniu com a cúpula do PSDB e chegou a afirmar que seu retorno à sigla “já estava decidido”.
Em outra ocasião, durante o evento de formalização da federação entre União Brasil e PP, Ciro Gomes criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, sua presença na cerimônia foi um “ato de cortesia muito comum antes de o País ser tomado pelo lulopetismo e pelo bolsonarismo”.
Ciro Gomes busca unir centro-esquerda à centro-direita
O ex-governador defende uma união entre partidos da centro-esquerda à centro-direita como alternativa ao atual Governo federal. “Precisamos unir da centro-esquerda à centro-direita para tirar o Brasil deste desastre”, disse Ciro, em referência ao governo Lula.
Ciro Gomes disputou quatro eleições presidenciais, a última delas em 2022. Na ocasião, tentou se apresentar como uma terceira via diante da polarização entre Lula e Jair Bolsonaro. Ele terminou em quarto lugar, com 3% dos votos válidos, atrás de Simone Tebet (MDB).
Futuro Político: Governo do Ceará como possibilidade
Apesar das recentes movimentações e de ter buscado uma nova filiação, o ex-governador já afirmou que não pretende mais concorrer à Presidência da República. “Não quero mais ser candidato, não. Não quero mais importunar os eleitores”, declarou em entrevista à Rádio Itatiaia, em setembro. Diante da saída do PDT, Ciro é cotado para a disputa do governo do Ceará, estado que ele já governou entre 1991 e 1994.
O Estadão procurou Ciro Gomes e a assessoria do PDT para comentar o assunto, mas não obteve resposta até o momento da publicação desta matéria.
Fonte: Estadão