O ex-ministro Ciro Gomes oficializou sua filiação ao PSDB nesta quarta-feira (22), marcando seu retorno à sigla após décadas. A cerimônia, realizada em Fortaleza, contou com a presença de lideranças tucanas e aliados políticos.
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Ciro Gomes chega ao partido com duas missões centrais, segundo Tasso Jereissati, ex-senador e ex-governador do Ceará. A primeira é a reconstrução do PSDB em âmbito nacional, com o objetivo de fortalecer um centro político que dialogue com diversos setores da sociedade. A segunda, de caráter regional, visa a disputa pelo governo cearense em 2026, contra o atual governador Elmano de Freitas (PT).
“Eu já disse que pelo Brasil eu morro, mas pelo Ceará eu mato”, declarou Ciro Gomes em seu discurso, reforçando seu compromisso com o estado. Ele também assumiu a presidência do PSDB cearense.
Apesar de ter afirmado anteriormente que não concorreria a mais nenhum cargo após a eleição presidencial de 2022, Ciro indicou que pode reconsiderar sua decisão. “Se o juízo mandasse em mim, eu não seria mais candidato a nada depois da amargura que sofri, pelas traições e pela ingratidão de quem eu nunca esperava. Doeu para caramba, mas o juízo é pouco aqui. Quem manda aqui é o coração. Então, vamos trabalhar, vamos organizar, vamos preparar um projeto de futuro. Mas eu vou cumprir a minha obrigação”, disse, em possível referência a desentendimentos familiares.
Críticas ao PT e aliança com centro-direita
Durante o evento, Ciro Gomes dirigiu Críticas contundentes ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ao governo federal. O ex-ministro acusou o Brasil de viver o período mais corrupto de sua história e mencionou a liberação de emendas parlamentares como um ponto de discórdia. “Nós esculhambamos o [ex-presidente Jair] Bolsonaro quando ele começava a liberar emendas na faixa de R$ 30 bilhões por ano. Lula esse ano já liberou R$ 63 bilhões para roubalheira generalizada”, afirmou.
A filiação de Ciro ao PSDB consolida uma aliança que busca unir o centro à extrema-direita no Ceará. A cerimônia contou com a presença de parlamentares bolsonaristas, como o deputado federal André Fernandes (PL-CE). Ciro Gomes também expressou apoio à candidatura de Alcides Fernandes, pai de André, ao Senado.
A nova aliança também envolve o União Brasil, partido que Ciro cogitou se filiar após deixar o PDT. O ex-deputado Capitão Wagner, atual dirigente do União no Ceará, esteve presente, e a sigla deve passar o comando ao ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Claudio, um aliado próximo de Ciro.
Esta é a sexta mudança partidária na carreira política de Ciro Gomes em três décadas. Ele passou pelo PPS, PSB, PROS e PDT antes de ingressar no PSDB.
Reforma Tributária e Eleições 2026 são temas de debate político no país.
O cenário político brasileiro em 2025 apresenta diversas alianças em formação.
Fonte: Valor Econômico