Chips automotivos: setor projeta alta de 20% e produção ameaçada

Setor automotivo projeta alta de até 20% no preço de chips e vê produção de veículos ameaçada pela escassez de semicondutores. Risco de paralisação iminente.
chips automotivos — foto ilustrativa chips automotivos — foto ilustrativa

O setor automotivo brasileiro está em alerta com a projeção de um aumento de até 20% nos preços dos chips eletrônicos neste trimestre. A escassez desses componentes cruciais ameaça paralisar a produção de veículos em um futuro próximo, segundo interlocutores da indústria consultados pela Coluna do Estadão.

Risco de Paralisação na Produção de Veículos

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) manifestou profunda preocupação com a possibilidade de a fabricação de carros ser interrompida em questão de semanas devido à Falta de semicondutores. A entidade ressaltou que a situação atual remete aos desafios enfrentados durante a pandemia, quando a indústria já sofreu com a interrupção da produção por ausência de componentes eletrônicos.

Cada veículo moderno, de acordo com a Anfavea, utiliza entre 1 mil e 3 mil chips. Estes componentes são essenciais para sistemas como injeção eletrônica, airbags e controle de motor. Sem eles, as linhas de montagem das montadoras não podem operar, o que justifica o alerta para o Governo federal sobre a urgência de medidas para evitar o desabastecimento.

Causas Geopolíticas da Crise de Semicondutores

A atual crise de semicondutores tem raízes em disputas geopolíticas que se intensificaram recentemente. Um dos estopins apontados foi a decisão do governo holandês de assumir o controle da Nexperia, uma grande fabricante de semicondutores com subsidiária chinesa. Em resposta, a China implementou restrições à exportação de componentes eletrônicos.

Essas restrições já impactam a produção automotiva na Europa e representam um risco iminente para as montadoras no Brasil. A falta de chips pode elevar os custos de produção e, consequentemente, os preços dos veículos para o consumidor final, afetando diretamente o mercado automotivo nacional. A indústria aguarda por ações do governo para mitigar os efeitos dessa crise.

Fonte: Estadão

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