China Tech: Da ‘não-investível’ à aposta de mercado, entenda a virada

Saiba como a China Tech, antes considerada não-investível, voltou a atrair o mercado. Entenda a virada com IA e novas tecnologias.
China Tech — foto ilustrativa China Tech — foto ilustrativa
One-hundred yuan banknotes arranged in Shanghai, China, on Tuesday, Jan. 7, 2025. China maintained a tight grip on the yuan with its daily reference rate, as an overnight rally in the dollar threatened to derail sentiment toward the managed currency and its Asian peers. Photographer: Raul Ariano/Bloomberg

A Kinea divulgou um relatório otimista sobre o mercado chinês, destacando a recuperação do país de uma posição considerada de “não-investível” para uma das principais apostas de mercado atualmente. O documento, intitulado “Mistérios de Chinatech”, aponta para uma reviravolta significativa na percepção dos investidores.

Por anos, a China foi vista como uma “caixa-preta intransponível”, marcada por repressão regulatória, guerra comercial e desaceleração econômica. Empresas do setor de tecnologia, em particular, passaram a ser vistas como “não-investíveis”.

O Ponto de Virada com a Inteligência Artificial

Um fator crucial para essa mudança foi a entrada do DeepSeek em janeiro de 2025, com um modelo de Inteligência Artificial (IA) de código aberto. A onda da IA, impulsionada por forte apoio estatal, mobilizou startups e grandes corporações chinesas. A Kinea ressalta que a adoção de novas tecnologias na China supera a de qualquer outro lugar do mundo, exemplificada pela rápida expansão do e-commerce e pela Liderança em veículos elétricos, que já respondem por metade das vendas de automóveis no país.

“Essa velocidade é oriunda de um Estado centralizado que define metas e subsidia setores prioritários. Soma-se a isso regras de privacidade menos rígidas, o que, juntamente com uma cultura mais aberta a testar novidades, deixam hoje a China em uma condição única para adoção rápida de novas tecnologias”, aponta o relatório.

Anteriormente, as gigantes tecnológicas chinesas focavam fortemente no e-commerce local e no setor de games. Embora o e-commerce tenha sido um motor de crescimento na última década, seu ritmo de expansão agora se assemelha ao do varejo físico, mas ainda representa 35% das vendas totais, superando os EUA em quase 10 pontos percentuais.

Gráfico da bolsa de valores na China em período de negociação.
Mercado de ações chinês mostra recuperação após período de instabilidade.

Desafios Passados e Áreas Futuras Promissoras

O setor de gaming, por outro lado, enfrentou um significativo aperto regulatório. A diminuição de 70% no número de jogos aprovados no último ano, com o objetivo de alinhar o conteúdo aos valores do Partido Comunista Chinês, resultou em uma queda direta nos preços das ações das empresas do setor.

Apesar dos avanços, a Kinea alerta que boa parte do setor de tecnologia chinês ainda apresenta riscos. Algumas das áreas mais promissoras, como semicondutores, podem ter seus ativos negociados principalmente na bolsa local chinesa ou ainda não serem totalmente integradas ao universo de investimento da gestora.

A gestora destaca nomes como a Xiaomi, cujos lançamentos competem com o iPhone e que avança em veículos elétricos. No setor de semicondutores, a Huawei e outras empresas emergentes como Cambricon, Biren, Moore threads, MetaX, ASICs da Alibaba e Baidu são mencionadas.

Atualmente, a China apresenta desafios como a intensa competição no varejo online e restrições geopolíticas, especialmente potenciais sanções de chips e tensões com os EUA. Contudo, a ascensão de modelos de IA de baixo custo, o retorno de figuras empresariais como Jack Ma e o renovado interesse de investidores estrangeiros surgem como fatores de esperança para o Mercado.

Fonte: InfoMoney

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