China reage a Trump: “Não tememos guerra tarifária”

China reage às ameaças tarifárias de Donald Trump, afirmando que não teme guerra comercial e poderá impor contramedidas. Entenda a tensão.
Donald Trump e Xi Jinping em reunião de cúpula, discutindo tensões comerciais e ameaças de tarifas. Donald Trump e Xi Jinping em reunião de cúpula, discutindo tensões comerciais e ameaças de tarifas.

A China respondeu firmemente às recentes ameaças de Donald Trump de impor uma tarifa adicional de 100% sobre produtos chineses. O Governo chinês classificou a medida como um “exemplo típico do ‘duplo padrão’ dos Estados Unidos” e afirmou que não teme uma guerra comercial, podendo introduzir suas próprias “contramedidas” caso a ameaça se concretize.

Reação Chinesa às Ameaças Tarifárias

Em resposta direta às ações de Pequim de endurecer as regras para exportações de terras raras, Trump acusou a China de se tornar “muito hostil”. Ele chegou a ameaçar se retirar de uma reunião com o presidente chinês, Xi Jinping, agendada para o final do mês. Essa retórica aumentou os temores de uma intensificação do conflito comercial entre as duas potências.

Donald Trump e Xi Jinping em reunião.
Trump ameaçou se retirar de encontro com Xi Jinping.

Os mercados financeiros reagiram negativamente às declarações de Trump, com o índice S&P 500 registrando sua maior queda desde abril. A tensão comercial entre EUA e China, que já havia visto acordos para reduzir tarifas em maio, volta a ser um ponto central de preocupação global.

Histórico do Conflito Comercial e Contramedidas

As recentes declarações da China ecoam a linguagem utilizada durante o auge do conflito comercial. O país criticou as restrições americanas à exportação de chips e semicondutores, defendendo seus próprios controles de exportação de terras raras como ações normais para salvaguardar a segurança nacional. Um porta-voz do Ministério do Comércio chinês declarou que os EUA “exageraram no conceito de segurança nacional” e “adotaram práticas discriminatórias contra a China”.

A China reforçou seus controles de exportação de terras raras e outros materiais essenciais para tecnologia avançada na semana passada. Sendo responsável pelo processamento de cerca de 90% das terras raras mundiais, a medida é vista como estratégica, dada a importância desses minerais para a fabricação de produtos como painéis solares e smartphones.

Perspectivas para Negociações Futuras

Alguns analistas interpretam os recentes comentários de Washington e Pequim como uma tática para fortalecer posições antes de futuras negociações. A possibilidade de o encontro entre Donald Trump e Xi Jinping em uma cúpula na Coreia do Sul ainda ocorrer depende do desenrolar dessas tensões diplomáticas e econômicas.

A posição chinesa em relação a uma guerra tarifária permanece clara: “não queremos uma, mas não temos medo de uma”, ressaltou um porta-voz, enfatizando que recorrer a ameaças não é a abordagem correta para lidar com a China.

Fonte: G1

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