Líderes de 40 grandes empresas brasileiras demonstram otimismo em relação à COP-30, que será sediada em Belém, no Pará, em 2025. Apesar dos desafios logísticos e organizacionais relatados, os executivos veem o evento como uma chance ímpar para o Brasil destacar seu potencial em sustentabilidade, tecnologias verdes, transição energética e agronegócio sustentável no cenário global.
Otimismo e Expectativas para a COP-30
A realização da COP-30 no Brasil é vista como uma oportunidade estratégica para o país. A expectativa é que o evento eleve a consciência ambiental e promova ações concretas, posicionando o Brasil como um líder na agenda climática global. Diversos CEOs ressaltam a importância da biodiversidade brasileira e do potencial para fomentar uma economia regenerativa.
Setores Chave e a Visão dos Executivos
As perspectivas variam entre os setores, mas o fio condutor é o reconhecimento da urgência climática e a necessidade de ações práticas. No varejo e consumo, a Renner e a Electrolux destacam a chance de o Brasil se firmar como entregador de sustentabilidade. O agronegócio, representado por empresas como Atvos e SLC Agrícola, busca desmistificar Críticas e mostrar seu caráter sustentável, evidenciando avanços em biocombustíveis e manejo. A indústria de cosméticos, com a Natura e o Grupo Boticário, enfatiza a bioeconomia e a necessidade de mecanismos econômicos claros para impulsionar a transição.
Energia, Mineração e Finanças em Foco
Setores como energia, mineração e finanças também projetam a COP-30 como um palco para apresentar soluções e reforçar compromissos. A Hydro Brasil foca em descarbonização, enquanto a Anglo American busca diferenciar mineração legalizada da ilegal. A CBA destaca o papel do alumínio na transição energética. No setor financeiro, empresas como Fama Re.capital e AXA Brasil veem a COP como um momento para o setor privado assumir protagonismo e integrar a proteção financeira à agenda climática.
Logística e Saúde: Desafios e Oportunidades
Empresas de logística como DHL e Cummins apontam a necessidade de regulamentações e infraestrutura para impulsionar a agenda verde. A Cummins, em particular, destaca o potencial brasileiro em matriz energética e avanço tecnológico, mas ressalta a defasagem em regulamentações que poderiam atrair investimentos. O setor de saúde, representado pelo Hospital Albert Einstein, busca consolidar a relevância da saúde nas discussões climáticas, essencial para a resiliência dos sistemas frente aos impactos ambientais.
A Importância da Amazônia e da Ação Global
A escolha da Amazônia como sede da COP-30 é amplamente vista como um símbolo poderoso. Executivos como o CEO da Motiva enfatizam a necessidade de preservação da Floresta, biodiversidade e populações indígenas, além de destacar a matriz energética limpa do Brasil. Há um consenso sobre a urgência de ações concretas, com muitos CEOs ressaltando que a inação climática já representa um custo significativo e que a COP-30 deve ser um catalisador para parcerias e soluções inovadoras, envolvendo governo, setor privado e sociedade civil na construção de um futuro mais sustentável.
Fonte: Estadão