O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, criticou a postura do Congresso Nacional, afirmando que parte do Centrão age com o objetivo de derrotar o Governo eleitoralmente, em vez de apoiá-lo. A declaração surge após o Planalto perder uma votação importante com a retirada de pauta de uma medida provisória (MP) que tratava de alternativas à alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
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Pressão popular e aprovação do IR
Marinho destacou que a aprovação do projeto de lei que isenta do Imposto de Renda (IR) quem ganha até R$ 5 mil, um feito recente do governo, só foi possível devido à pressão e ao envolvimento da população. Segundo ele, sem o debate social, medidas provisórias tendem a cair, criando obstáculos para a equipe econômica.
“Esse IR é uma gota no oceano. O Congresso só aprovou do jeito que aprovou por conta do ‘calor das ruas’. Sem o debate da sociedade, medidas provisórias simplesmente caem, criando gargalos para a equipe econômica do governo”, pontuou o ministro.
O papel do Centrão e o Orçamento
O ministro também apontou uma resistência do Congresso em relação a temas trabalhistas e criticou a forma como o Legislativo se apropria de grande parte do Orçamento, determinando despesas sem assumir responsabilidades sobre receitas ou gestão. Marinho defende que a sociedade precisa se conscientizar sobre essa dinâmica para ajudar a “desempatar esse jogo”.
“É um problema totalmente de avesso. Apesar de aprovar quase todas as propostas do governo, há um custo muito grande com emendas. É preciso que a sociedade se inteire disso para ajudar a desempatar esse jogo. Só a sociedade pode”, afirmou.
A declaração reforça o debate sobre a relação entre o Executivo e o Legislativo, especialmente em um cenário pré-eleitoral, onde as divergências políticas podem ser acentuadas.
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Fonte: Valor Econômico