Cenário Externo em Outubro: Risco Aumenta com Shutdown e Crise China-EUA

Outubro de 2025: cenário externo muda com menor apetite por risco devido ao shutdown dos EUA e crise comercial com a China. Entenda o impacto.
Cenário externo outubro menor apetite por risco — foto ilustrativa Cenário externo outubro menor apetite por risco — foto ilustrativa

O cenário econômico internacional em outubro apresentou uma mudança significativa, com uma notável diminuição no apetite por risco dos investidores. Essa alteração foi atribuída principalmente ao ‘shutdown’ (paralisação do Governo) nos Estados Unidos e à intensificação da crise comercial entre a China e o país norte-americano, conforme destacou Hélio Henrique Miranda, coordenador de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional.

Gráfico representando a volatilidade do mercado financeiro internacional em outubro.
Análise do cenário externo em outubro de 2025.

Impacto do ‘Shutdown’ Americano nos Mercados

A paralisação das atividades governamentais nos Estados Unidos gerou incertezas sobre a capacidade de gestão fiscal e a estabilidade política do país. Esse evento, historicamente, tende a criar um clima de aversão ao risco, levando investidores a buscarem ativos considerados mais seguros e a evitarem aplicações em mercados emergentes ou com maior volatilidade.

Crise Comercial China-EUA: Um Fator de Risco Global

Adicionalmente, a persistente crise comercial entre as duas maiores economias do mundo, China e Estados Unidos, exacerbou a preocupação dos investidores. As tensões tarifárias e as barreiras comerciais afetam cadeias de suprimentos globais, impactam o comércio Internacional e criam um ambiente de instabilidade que prejudica o crescimento econômico mundial. Miranda ressaltou que esses fatores combinados criaram um ambiente de negócios mais desafiador para outubro.

Apetite por Risco e o Comportamento dos Investidores

A menor disposição dos investidores em assumir riscos se reflete em diversas movimentações no mercado financeiro, como a fuga de capitais de ativos de maior risco em direção a títulos públicos de países considerados seguros ou commodities. Essa mudança de comportamento pode levar à desvalorização de moedas de países emergentes e à queda em bolsas de valores, afetando diretamente a economia brasileira.

O Papel da Dívida Pública em Cenários de Incerteza

Nesse contexto de menor apetite por risco, a gestão da dívida pública se torna ainda mais crucial. A capacidade do Tesouro Nacional em honrar seus compromissos e oferecer instrumentos de investimento atrativos, mesmo em um cenário adverso, é fundamental para manter a confiança dos agentes econômicos. A coordenação de operações de dívida pública, sob a ótica de Hélio Miranda, busca navegar essas turbulências com estratégias eficazes para garantir a sustentabilidade fiscal do país.

Fonte: Valor Econômico

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