O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), destacou a segurança pública como um ponto crucial para a esquerda. Ele avaliou que o campo progressista precisa apresentar respostas concretas aos eleitores e admitiu que foi um “erro histórico” de parte da esquerda priorizar a defesa exclusiva de quem comete crimes. A declaração foi feita em São Paulo, durante um encontro promovido pela Prada Assessoria.
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Segurança Pública e a Posição da Esquerda
“Eu não passo mão em cabeça de bandido. Cometeu um crime, vai pagar pelo crime”, afirmou Casagrande no evento “Fórum de Ideias”. O governador, cujo estado tem apresentado resultados positivos na redução de homicídios, criticou a abordagem de alguns setores da esquerda que, segundo ele, focam excessivamente na proteção de criminosos e na dimensão social, minimizando a responsabilidade penal. “Nós não podemos amenizar. Essa pessoa tem que pagar”, ressaltou, ao mesmo tempo em que se posicionou contra o lema “bandido bom é bandido morto” e o armamento indiscriminado de civis.
Casagrande defende um equilíbrio entre o enfrentamento à criminalidade, o apoio às vítimas e o respeito aos direitos humanos. Ele propõe a combinação de políticas sociais eficazes com investimentos em inteligência policial e o fortalecimento das instituições, incluindo polícias, Judiciário e outros órgãos, como a fórmula para combater a violência.
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Eleições e Perspectivas Políticas
A segurança pública é um tema sensível para a esquerda nas urnas, frequentemente explorado por adversários com discursos de repressão. Casagrande se mostrou favorável a alterações na legislação sobre progressão de pena para crimes contra a vida e apoiou o projeto do governo federal de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para institucionalizar o Sistema Único de Segurança Pública (Susp). Ele acredita que a aprovação da PEC da Segurança Pública pode ajudar a resolver problemas como a Falta de padronização de dados.
O governador também expressou apoio à reeleição de Lula e à permanência de Geraldo Alckmin como vice. Casagrande prevê uma disputa eleitoral menos polarizada em 2026, devido à inelegibilidade de Jair Bolsonaro até 2030. Na sua visão, uma eventual candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, poderia unificar a oposição.
Gestão e Futuro Político de Casagrande
Embora tenha evitado confirmar uma pré-candidatura ao Senado, o nome de Casagrande tem sido ventilado em pesquisas no Espírito Santo. Ele atribui a boa avaliação de sua gestão a uma política focada em “mais prática, mais resultados”. “Quem está no Poder Executivo, como a gente, precisa produzir resultado para a vida das pessoas. E a gente, do PSB, dialoga muito além do campo de esquerda”, declarou.
Fonte: Valor Econômico