Campos Neto: Caso Master não representa risco sistêmico ao setor financeiro

Roberto Campos Neto, ex-presidente do BC, afirma que o caso Banco Master não traz risco sistêmico ao setor financeiro, mas reconhece risco de imagem.
Roberto Campos Neto Caso Master — foto ilustrativa Roberto Campos Neto Caso Master — foto ilustrativa

O ex-presidente do Banco Central e atual vice-chairman do Nubank, Roberto Campos Neto, descartou nesta segunda-feira (27) a possibilidade de o imbróglio envolvendo o Banco Master representar um risco sistêmico para o setor financeiro do país. Ele destacou, contudo, que o caso pode gerar um risco de imagem.

Risco de Imagem e Análise do Banco Central

“Tem um consenso grande de que não há um risco sistêmico”, afirmou Campos Neto em Entrevista à GloboNews. “Tem um risco, sim, de imagem. É preciso preservar a imagem do sistema. O Banco Central tem feito uma análise correta sobre o tema”, acrescentou. A declaração surge em meio a preocupações com a solidez de algumas instituições financeiras.

Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central, comentando sobre o caso Master.
Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central.

Negociações e Operações Contra Infiltração do Crime

Campos Neto revelou ter tomado conhecimento das negociações entre o Banco de Brasília (BRB) e o Banco Master pela imprensa, e que o assunto não foi discutido durante sua gestão à frente do Banco Central. O Banco Central reprovou o negócio no mês passado por Falta de viabilidade econômica, deixando o banco liderado por Daniel Vorcaro em uma corrida contra o tempo para se capitalizar.

O ex-banqueiro central também comentou os recentes casos de infiltração do crime organizado em instituições financeiras na Faria Lima. Segundo ele, a Operação Carbono Oculto, que investigou quatro fintechs, faz parte de um universo maior de 42 empresas sob escrutínio.

Gráfico mostrando o desempenho do setor financeiro brasileiro.
Análise do setor financeiro brasileiro.

Fintechs e o Sistema Financeiro

“Não é que seja um problema das fintechs. É um problema do sistema financeiro”, ponderou Campos Neto. “Temos 1.728 fintechs no Brasil e tivemos problemas com muito poucas”, ressaltou, minimizando a ideia de que o modelo de negócio das fintechs seja intrinsecamente arriscado. A declaração reforça a importância da fiscalização e da integridade em todo o setor financeiro.

Fonte: InfoMoney

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