A Caixa Econômica Federal reestabeleceu o financiamento de até 80% do valor de imóveis pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), revertendo a restrição para 70% imposta em novembro de 2024. A decisão visa ampliar o Acesso ao crédito imobiliário para a classe média.


Novo Modelo de Crédito Imobiliário
O anúncio foi feito pelo presidente da Caixa, Carlos Vieira, durante o lançamento do novo modelo de crédito imobiliário do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). O programa permitirá a liberação de depósitos compulsórios da poupança para aumentar o financiamento habitacional.
Segundo Vieira, a retomada da cota de 80% foi possível devido a mudanças nas regras de utilização dos recursos do FGTS e da poupança. Ele ressaltou que a nova estrutura de crédito tem potencial para destravar o financiamento habitacional e impulsionar o setor da construção civil.

Impacto do Novo Pacote de Habitação
O ministro das Cidades, Jader Filho, informou que o novo modelo deve viabilizar a Contratação de 80 mil unidades adicionais até o fim de 2026, injetando aproximadamente R$ 20 bilhões em novos financiamentos imobiliários.
O pacote inclui o reajuste do teto do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), permitindo o uso do FGTS na compra do imóvel. O valor máximo, antes congelado em R$ 1,5 milhão, foi elevado para R$ 2,25 milhões.
A elevação do teto, aprovada com apoio do Ministério da Fazenda, da Câmara dos Deputados e do Banco Central, juntamente com a flexibilização dos recursos da poupança, visa reforçar a Confiança do setor e estimular o crédito imobiliário.

Fase de Testes e Futuro do Crédito Imobiliário
A Caixa, que responde por cerca de 70% dos financiamentos habitacionais no Brasil, será a principal operadora do novo modelo. O programa passará por uma fase de testes até o final de 2026, com previsão de funcionamento pleno em 2027, caso se prove eficaz na ampliação da oferta de crédito e na redução de custos.
O Ministro Fernando Haddad descreveu as mudanças como a maior reforma do sistema de crédito da história do Brasil, unindo estabilidade, inclusão e crescimento. O economista Carlos Galípolo mencionou que o Presidente Lula solicitou uma solução definitiva e não paliativa para o crédito imobiliário.
Fonte: InfoMoney