O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), acusou o ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), de agir como um “traidor” ao contrariar a ordem do partido e permanecer no Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Caiado, que é um dos vice-presidentes da sigla, declarou que o interesse de Sabino é “desestabilizar” o União Brasil no cenário nacional.
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Na última quarta-feira (8), o União Brasil suspendeu Sabino das atividades partidárias, retirando-o da executiva nacional e da liderança do partido no Pará. Houve também uma intervenção no diretório paraense. Uma situação semelhante envolve o ministro do esporte, André Fufuca (PP), que também tem resistido a deixar o cargo. Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, anunciou que Fufuca será afastado das funções partidárias por desobediência.
Medidas e Direitos no Partido
As decisões foram tomadas em uma reunião da Executiva em Brasília, seguindo o parecer do relator do caso de Sabino no Conselho de Ética, o deputado Fabio Schiochet (SC). Schiochet recomendou que o ministro não fosse desligado sumariamente e que tivesse direito à ampla Defesa.
Apesar de se opor à permanência de Sabino no governo, Caiado defendeu o rito processual de 60 dias para que o ministro apresente sua defesa. “As medidas foram tomadas. Não tem como fazer a expulsão dele sem o direito à defesa”, explicou o governador.
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Conflitos e Disputas Eleitorais
Caiado, que se posiciona como oposição ao governo Lula e já lançou sua pré-candidatura à Presidência, criticou veementemente Sabino. “Ficou caracterizado que ele está atuando para desmoralizar o partido. O interesse dele é desestabilizar o partido no cenário nacional”, afirmou. “Ele atua como um traidor”, acrescentou.
Sabino, por outro lado, planeja concorrer ao Senado pelo Pará com o apoio do presidente Lula. Antes da reunião da Executiva, Caiado e Sabino trocaram farpas na sede do União Brasil. Caiado questionou a moralidade da situação: “Como é que você pode estar filiado a um partido, dentro das regras do partido, dos princípios dos partidos, e querer ser soldado do Lula e do União Brasil. Como é isso?”
Fonte: Valor Econômico