O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), expressou forte opinião sobre o cenário eleitoral de 2026, afirmando em Entrevista à revista Veja que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teria chances de vencer a disputa caso ela chegue ao segundo turno.


Caiado, que se apresenta como pré-candidato à Presidência, argumentou que a estratégia mais eficaz para a direita seria a manutenção de múltiplas candidaturas no primeiro turno. Segundo ele, essa fragmentação, longe de ser uma fraqueza, pode garantir a ida do pleito para a segunda Rodada.
“Qual é a única chance de o Lula ganhar a eleição, segundo as pesquisas? É a oposição ter um candidato só no 1º turno”, declarou o governador.
Ele prossegue: “Há uma pulverização na direita que querem colocar como sinal de fragilidade, mas, com quatro ou cinco pré-candidatos compondo a nossa área, dá 2º turno em todas as simulações. E o Lula não ganha uma eleição no 2º turno”.
Cenário Eleitoral e Pré-Candidaturas da Direita
Ronaldo Caiado anunciou sua pré-candidatura no início de outubro e não vê problemas em dividir o espaço eleitoral com outros nomes associados à direita, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Junior (PSD-PR). Para o governador, a diversidade de candidaturas é um movimento natural e até estratégico neste momento da corrida presidencial.
“Nenhum de nós tem nome nacional consolidado. E, se tivermos um candidato único, ele será alvo da máquina do Governo, que vai retaliar e perseguir”, alertou Caiado.

Pesquisas e Rejeição de Lula
A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada em 9 de outubro, aponta que Lula lidera em todos os cenários de primeiro e segundo turnos. No entanto, o presidente apresenta alta rejeição, com 51% dos entrevistados afirmando que não votariam nele.
Nos cenários de primeiro turno testados, Caiado aparece com uma intenção de voto entre 3% e 10%, dependendo dos adversários incluídos na simulação. Em um Confronto Direto no segundo turno contra Lula, Caiado obteria 31% dos votos, contra 46% do atual presidente.

O governador goiano busca se consolidar como uma alternativa à direita tradicional e ao bolsonarismo, visando atrair eleitores conservadores e do agronegócio. Sua estratégia se baseia na ideia de que a fragmentação pode, paradoxalmente, fortalecer a oposição contra o atual governo.
Fonte: InfoMoney