Bunge Brasil: CEO defende agronegócio tecnológico e livre de desmatamento

CEO da Bunge Brasil defende agronegócio tecnológico e livre de desmatamento. Empresa atinge 100% de rastreabilidade e investe em agricultura regenerativa.
agronegócio livre de desmatamento — foto ilustrativa agronegócio livre de desmatamento — foto ilustrativa

O CEO da Bunge Brasil, Rossano de Angelis Junior, enfatizou a necessidade de desmistificar a ideia de que o agronegócio está intrinsecamente ligado ao desmatamento. Segundo ele, a percepção comum é equivocada, e o setor no Brasil é, na verdade, altamente tecnológico e promotor de boas práticas. “O agronegócio brasileiro é tecnológico, fomenta boas práticas e tem um potencial que nenhum outro país tem. Mostrar isso para o mundo é essencial”, declarou.

De Angelis Junior destacou que a Bunge implementou há uma década um programa com o objetivo de alcançar uma cadeia produtiva 100% livre de desmatamento, meta que já foi atingida. “Para garantir uma cadeia livre de desmatamento, precisávamos saber rastrear e monitorar desde a origem”, explicou o executivo, ressaltando o desafio de monitorar fornecedores indiretos, um obstáculo comum em programas de rastreabilidade.

Rossano de Angelis Junior, CEO da Bunge Brasil, defendendo o agronegócio sustentável.
CEO da Bunge Brasil, Rossano de Angelis Junior.

Sustentabilidade como Estratégia de Negócios

A sustentabilidade e a estratégia de negócios na Bunge estão cada vez mais interligadas. O compromisso global da empresa, assumido em 2015, visava ter uma cadeia de suprimentos totalmente livre de desmatamento até 2025. Este objetivo impulsionou investimentos significativos em monitoramento e rastreabilidade. “Isso é um desafio enorme, principalmente quando falamos de fornecedores indiretos, que são pulverizados e mais difíceis de engajar”, apontou.

Rastreabilidade e Agricultura Regenerativa

O processo de rastreabilidade na Bunge iniciou com fornecedores diretos e evoluiu para os indiretos. Em Parceria com a empresa de tecnologia Vega, a Bunge desenvolveu uma plataforma que permite o monitoramento de milhões de hectares, especialmente no Cerrado. Em 2024, a empresa atingiu 100% de rastreabilidade também nos fornecedores indiretos, uma conquista pioneira no agronegócio. Essa rastreabilidade abrange não apenas questões ambientais, mas também direitos humanos e boas práticas.

Paralelamente, a Bunge lançou o Programa de Agricultura Regenerativa, que visa valorizar o produtor e o cliente final. O programa, que conta com o apoio de patrocinadores europeus, oferece tecnologia e dados para medir emissões, incentivando práticas como rotação de culturas, uso de cobertura vegetal e fertilizantes biológicos. Culturas como soja, milho, trigo e algodão já fazem parte do programa, com expansão para novas culturas voltadas para biocombustíveis.

Práticas de agricultura regenerativa e monitoramento de emissões no agronegócio.
Agricultura regenerativa como foco da Bunge.

Impacto Social e Desmistificação

A Fundação Bunge, com 70 anos de atuação, integra a estratégia de sustentabilidade da empresa, promovendo inclusão produtiva e segurança alimentar, especialmente para agricultura familiar e povos tradicionais. Programas de reflorestamento e capacitação para combate a incêndios também fazem parte das iniciativas.

De Angelis Junior reiterou que o principal desafio do agronegócio brasileiro é desmistificar a imagem associada ao desmatamento. “Na prática, é o contrário: temos uma história forte e dados concretos para mostrar isso”, afirmou. Ele vê a COP-30 como uma oportunidade crucial para o setor exibir suas práticas sustentáveis e tecnológicas.

“O agronegócio brasileiro é tecnológico, fomenta boas práticas e tem um potencial que nenhum outro país tem. Mostrar isso para o mundo é essencial”, reforçou o CEO. A Bunge participará da COP-30 com projetos concretos de rastreamento, agricultura regenerativa e tecnologia, conectando produtores brasileiros a clientes globais.

Fonte: Estadão

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