BTG Pactual lança 1º ETF de ouro do Brasil com LFTs e derivativos

A BTG Pactual Asset Management anunciou o lançamento do primeiro ETF (Exchange Traded Fund) de ouro do Brasil. O fundo de índice GOLB11 foi desenvolvido em Parceria com a B3 e combina contratos futuros de ouro com Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) em sua estrutura.

Ouro e Renda Fixa: A Combinação do GOLB11

A proposta do fundo é agregar a rentabilidade do CDI, proporcionada pelas LFTs, com a valorização do contrato futuro de ouro dolarizado. Segundo o BTG, essa combinação tem o objetivo de gerar descorrelação com os ativos tradicionais do mercado financeiro brasileiro, oferecendo uma nova opção de investimento para os clientes.

Contexto do Mercado de Ouro no Brasil

O lançamento do GOLB11 surge em um momento de crescente interesse por ativos de reserva de valor. O ouro tem sido visto como um Porto seguro em cenários de incerteza econômica e inflacionária. A disponibilidade de um ETF acessível na B3 facilita a entrada de investidores que buscam diversificar suas carteiras com exposição ao metal precioso, sem a necessidade de lidar diretamente com a custódia física ou contratos futuros complexos.

O Papel dos Derivativos e LFTs

A estratégia do ETF GOLB11 se destaca pela inclusão de derivativos (contratos futuros de ouro) e LFTs. Enquanto os contratos futuros acompanham a variação do preço do ouro no mercado internacional, as LFTs (títulos públicos federais atrelados à taxa Selic) oferecem uma base de rentabilidade atrelada à renda fixa brasileira. Essa dualidade visa capturar tanto o potencial de valorização do ouro quanto a estabilidade da renda fixa, adaptando-se a diferentes cenários econômicos. O investimento em ouro, como demonstrado em análises de mercado, pode oferecer proteção contra a volatilidade cambial e a inflação.

Diversificação e Acessibilidade

A criação de um ETF de ouro pela BTG Pactual Asset Management representa um avanço na diversificação de produtos de investimento disponíveis no Brasil. A estrutura de ETF permite que investidores comprem e vendam cotas na bolsa de valores de forma similar a ações, democratizando o Acesso a classes de ativos que antes eram mais restritas a investidores institucionais ou com maior conhecimento técnico. A B3, como parceira na iniciativa, reforça seu papel como plataforma essencial para a inovação no Mercado financeiro nacional.

Fonte: Valor Econômico